Na época do regime militar havia eleições? O GOLPE DAS DIRETAS JÁ. Conheça todos os ex-presidentes do Brasil

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Na época do regime militar havia eleições? 
O GOLPE DAS DIRETAS JÁ. 
Os números da economia no regime militar - 
O Brasil ocupava a posição de oitava economia do mundo. 
Persistência da inflação brasileira para o período pós-Plano Real. 
Lista de escândalos políticos no Brasil 
Conheça dez histórias de corrupção durante a "ditadura" militar



Eleição é todo processo pelo qual um grupo designa um ou mais de um de seus integrantes para ocupar um cargo por meio de votação.

País já teve 35 presidentes: 23 eleitos diretamente e 13 escolhidos de forma indireta

Eleição presidencial no Brasil em 1964


PRESIDENTES ELEITOS NO REGIME MILITAR



[O Povo Não Podia Votar. Será?]
Em toda ditadura é fato de que não há eleições, o povo não tem o poder do voto democrático. Entretanto, no Brasil nós tivemos eleições, e podíamos votar menos para presidente, pois o voto era indireto, exatamente como ocorre em um sistema Parlamentarista! Isso é ditadura?

Reflexão: 1975, ano que a GLOBO comemorou a derrota comunista



Arquivo do Jornal Nacional, 1975. Comemoração da luta contra o comunismo - 11 anos 1964 - 1975.

1.escolha, por sufrágio, de alguém para ocupar um cargo, um posto ou desempenhar determinada função; pleito.

2.escolha preferencial; primazia, predileção.

Na democracia representativa, é o processo que consiste na escolha de determinados indivíduos para exercerem o poder soberano, concedido pelo povo através do voto, devendo estes, assim, exercerem o papel de representantes da nação.

A eleição pode se processar com o voto de toda a comunidade (sufrágio universal) ou de apenas uma parcela da comunidade, isto é, grupos restritos de pessoas que preencham certos requisitos econômicos, sociais e culturais (sufrágio restrito).

As pessoas com direito de voto (ou sufrágio) são os eleitores.

Etimologicamente, a palavra sufrágio se originou a partir do latim suffragium, que significa literalmente "voto".


Eleição direta:
 É aquela em que os candidatos a exercer mandatos políticos são eleitos diretamente pelo povo. Este é o modelo utilizado na democracia representativa.

Eleição indireta: É aquela em que os candidatos a exercer mandatos políticos não são eleitos diretamente pelo povo, mas por um colégio eleitoral, composto por delegados escolhidos pelo povo, para que, em nome deste, elejam seus governantes.

No Brasil:  No Brasil, conforme o art. 81, parágrafo 1.º, da Constituição, "ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei." 
A lei a que se refere a Constituição é a Lei nº 1.395/51, que estabelece o procedimento de eleição indireta do Presidente e Vice-Presidente da República, em seus artigos 1º a 6º.

Historicamente, esta forma de eleição foi utilizada no Brasil oito vezes.

No Brasil, apenas os nacionais e os brasileiros naturalizados podem participar das eleições que são obrigatórias para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos. 

Podem, facultativamente, exercer o direito de voto os analfabetos, os maiores de 16 anos e menores de 18 anos e os maiores de 70 anos. 

Pode haver segundo turno se o primeiro colocado não alcançar a maioria absoluta dos votos válidos (não computados os brancos e os nulos). Nas eleições municipais, não haverá segundo turno se a cidade tiver menos de 200 mil eleitores.

O que é o Voto:


Voto é a manifestação oficial que declara a preferência do eleitor em um processo eleitoral.

Também conhecido como sufrágio, o voto é o mecanismo que define o resultado de uma eleição, representando a opinião e escolha do eleitor. Normalmente, os eleitos são aqueles que recebem a maioria dos votos a seu favor.

O voto é um direito do cidadão em todos os países democráticos, pois são estes os responsáveis por escolher os representantes políticos das suas respectivas nações. Além da política, o voto ainda é usado para decidir os demais assuntos de interesse público, seja através de referendos ou plebiscitos.

Na maioria dos países, para votar o cidadão deve ter um registro no Tribunal Eleitoral da sua região e ser portador de um Título de Eleitor.

O voto pode ser manifestado através de urnas eletrônicas (como acontece no Brasil) ou por meio de boletins de votação, mas em ambos os casos o eleitor terá a sua disposição as opções elegíveis para votar. Mas, caso o eleitor decida por não escolher nenhuma das opções disponíveis, também pode optar pelo voto nulo ou voto em branco.

Voto Nulo e Voto em Branco

O voto nulo consiste na opção do eleitor de anular o seu voto. Os votos nulos são considerados inválidos, ou seja, não influenciam diretamente no resultado final da eleição.

O voto em branco também não é tido como válido e não influencia o resultado final da votação. Antigamente, os votos em branco eram computados para o candidato vencedor, mas atualmente esta prática foi abolida.

Por não serem considerados votos válidos, os votos nulos e votos em branco não anulam uma eleição, mesmo que estes representem a maioria.

Voto Direto e Voto Indireto

O voto direto consiste na participação direta e igualitária de todos os cidadãos na escolha de seus representantes políticos. Neste contexto, os votos são secretos e possuem o mesmo peso e valor para todos os eleitores, sem qualquer tipo de distinção.

No caso de voto indireto, a escolha dos representantes políticos é feita com base na deliberação de um seleto grupo de pessoas. Neste caso, não há a participação total e igualitária da população.

Voto facultativo

É quando o voto não é obrigatório, dando ao cidadão a liberdade de decidir se deseja ou não participar do processo de eleição.

No Brasil, o voto é facultativo para os cidadãos com 16, 17 e mais de 70 anos. Para o restante da população o voto é obrigatório.

Voto no Brasil

Desde a Constituição Federal de 1988, o Brasil admite o voto universal, ou seja, o direito que todo o cidadão brasileiro (que esteja dentro das normas preestabelecidas) tem de votar e participar das escolhas de interesse da nação.

Atualmente, ao contrário de outrora, mulheres e analfabetos também têm o direito ao voto, conquista esta adquirida com a Constituição de 1988.

O voto é obrigatório no Brasil para todos os cidadãos entre os 18 e 70 anos, e facultativo para os indivíduos com 16, 17 e mais de 70.

Devido a obrigatoriedade do voto, caso o brasileiro não tenha condições de votar, este deve justificar a ausência do voto, senão poderá sofrer algumas sanções, como o pagamento de multas ou o cancelamento do seu Cadastro de Pessoa Física – CPF, por exemplo.

Justificar o voto


Para justificar a ausência do voto, o eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral deverá cumprir o seguinte procedimento a fim de evitar penalizações:

1º - Preencher o formulário do Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE);

2º - Apresentar o formulário (devidamente preenchido) juntamente com um documento de identificação com foto a qualquer mesário no dia da votação.

O eleitor ainda poderá apresentar o formulário em qualquer cartório eleitoral ou postos de atendimento ao eleitor num prazo de até 60 (sessenta) dias após a data da última eleição.


Até a "ditadura" buscou a força do voto
Diferentemente de regimes autoritários vizinhos, militares brasileiros tentaram se legitimar com eleição

Ditadura, mas com eleição. O paradoxo marcou, no Brasil, os 21 anos (1964-1985) de regime militar, que aboliu a escolha direta para presidente da República e, de 1966 a 1982, também de governadores de Estado, mas manteve abertas as Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional - embora sem poder de decisão, totalmente transferido para o Executivo. 

O regime realizou, a cada dois anos, eleições para renovação do Legislativo. A própria escolha de cada general-presidente, na verdade decidida pelo Exército com apoio de Marinha e Aeronáutica, era referendada em uma "eleição" no Colégio Eleitoral, sob controle e pressão do governo. Mesmo assim, sobressaía, no período, a procura, pelos militares brasileiros, de alguma legitimidade nas urnas, diferentemente dos regimes autoritários vizinhos.

A escolha de prefeito, governador e presidente era indireta, ou seja, os representantes do povo nas Câmaras de Vereadores, nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional que os elegiam, exceto nas grandes cidades ou capitais, onde o prefeito e o Governador de Estado era escolhido diretamente pelo Presidente da República.



Ditadura com eleições é peculiaridade da história brasileira que vive sob o comando do socialismo pós DIRETAS JÁ - Um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em março de 1983 – abril de 1984


GOLPE DAS DIRETAS JÁ. 

Nasce a 
LEI DOS VOTOS VÁLIDOS - UMA CONTRADIÇÃO COM A DEMOCRACIA



A ideia de criar um movimento a favor de eleições diretas foi lançada em 1983, pelo então senador alagoano Teotônio Vilela no programa Canal Livre da Rede Bandeirantes.

Passeata no centro de São Paulo, em 16 de abril de 1984. Foto: Jorge H. Singh.


A primeira manifestação pública a favor de eleições diretas ocorreu no recém-emancipado município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife em Pernambuco, no dia 31 de março de 1983. Organizada por membros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no município, a manifestação foi noticiada pelos jornais do estado. Foi seguida por manifestações em Goiânia, em 15 de junho de 1983 e em Curitiba em novembro do mesmo ano.

Posteriormente, ocorreu também uma manifestação na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, no dia 27 de novembro de 1983 na cidade de São Paulo. Com o crescimento do movimento, que coincidiu com o agravamento da crise econômica (em que coexistiam inflação, fechando o ano de 1983 com uma taxa de 239%, e uma profunda recessão), houve a mobilização de entidades de classe e de sindicatos. A manifestação contou com representantes de diversas correntes políticas e de pensamento, unidas pelo desejo de eleições diretas para presidente da República.

A repressão aumenta, mas o movimento pela liberdade não retrocede e os democratas intensificam as manifestações por eleições diretas. Na televisão, o general Figueiredo classificava como 'subversivos' os protestos que começavam a acontecer em todo o país.

No ano seguinte, o movimento ganhou massa crítica e reuniu condições para se mobilizar abertamente. E foi em São Paulo que a investida democrata ganhou força com um evento realizado no Vale do Anhangabaú, no Centro da Capital, em pleno aniversário da cidade de São Paulo – dia 25 de janeiro. Mais de 1,5 milhão de pessoas se reuniram para declarar apoio ao Movimento das Diretas Já. O ato é liderado por Tancredo Neves, Franco Montoro, Orestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Simon, além de artistas e intelectuais engajados pela causa.

A essa altura, a perda de prestígio do regime militar junto à população era grande. Militares de baixo escalão, com seus salários corroídos pela inflação, começavam a pressionar seus comandantes - que também estavam descontentes.



Diretas Já
Manifestação em Brasília, diante do Congresso Nacional.
ParticipantesUlysses GuimarãesTancredo NevesLeonel BrizolaMiguel ArraesAndré Franco MontoroDante de OliveiraMário CovasGérson CamataIris RezendeOrestes QuérciaLuiz Inácio Lula da SilvaEduardo SuplicyRoberto FreireFernando Henrique Cardoso e muitos outros.
LocalizaçãoMaiores cidades do Brasil
DataMarço de 1983 - Abril de 1984
ResultadoEleição indireta de Tancredo Neves e aprovação de uma Assembleia Constituinte.

Diretas Já foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizaria com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso.


"Diretas Já" foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil.

O movimento Diretas Já começou em maio de 1983 e foi até 1984, tendo mobilizado milhões de pessoas em comícios e passeatas.

Contou com a participação de partidos políticos, representantes da sociedade civil, artistas e intelectuais. Mesmo sendo marcado por significativo apelo popular, o processo de eleições diretas só ocorreu em 1989.

Ou seja, 29 anos depois da escolha do último presidente, em 3 de outubro de 1960.

Diretas JáDeputado Dante de Oliveira, autor da emenda das Diretas Já


Na perspectiva de eleições diretas, o deputado mato-grossense Dante de Oliveira apresentou em 1983 uma emenda constitucional. A proposta previa, ainda, o fim do Colégio Eleitoral. Se fosse aprovada, o voto direto ocorreria nas eleições de 1985.

Diretas Já


A ideia de apresentar uma emenda restaurando a eleição direta para Presidente da República não é uma atitude que se possa creditar exclusivamente a Dante de Oliveira, entretanto, sua iniciativa ganhou repercussão por ter sido a primeira a não ficar restrita às paredes do Congresso Nacional e ganhou as ruas num momento em que as manifestações pedindo a volta das eleições diretas se multiplicavam pelo país, a começar pelo município pernambucano de Abreu e Lima em 31 de março de 1983, e resultaria num movimento que dominaria a cena política nacional nos meses seguintes unificando as forças da sociedade civil, dos partidos de oposição e atraindo também os dissidentes governistas para o movimento “Diretas Já”. 

Em 26 de novembro de 1983 os dez governadores de oposição subscreveram em São Paulo um manifesto pedindo o restabelecimento das eleições diretas para presidente. O primeiro “comício oficial” pró-diretas teve lugar em Curitiba dia 12 de janeiro de 1984 com a presença de trinta mil pessoas e foi seguido de outros como o realizado na Praça da Sé no dia do aniversário de 430 anos da capital paulista no qual compareceram duzentas mil pessoas.

Receoso quanto aos acontecimentos o governo João Figueiredo exerceu uma forte pressão sobre os parlamentares do PDS para que a emenda não fosse aprovada e segundo um relato de Dante de Oliveira o próprio Tancredo Neves chegou a afirmar que, diante da pressão governamental e da cúpula militar, a emenda não seria aprovada. Ainda assim a cúpula do movimento manteve a campanha nas ruas e às vésperas da votação uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) apontava que 84% dos entrevistados apoiavam a emenda Dante de Oliveira. 

Como último recurso a fim de barrar as diretas, o governo federal enviou ao parlamento a chamada “emenda Figueiredo” a qual, dentre outras medidas, previa o restabelecimento das eleições diretas apenas em 1988, entretanto nada foi capaz de dissuadir a apreciação da emenda oposicionista que se realizaria em 25 de abril de 1984 e foi cercada de grande expectativa, algo frustrado pela não obtenção do quórum de dois terços dos votos necessários à sua aprovação, pois embora tenha obtido 298 votos favoráveis e apenas 25 votos em sentido contrário, a ausência de 112 deputados federais do PDS (dos quais bastariam apenas 22 votos para que a emenda fosse submetida ao crivo do Senado Federal) pôs fim ao movimento. Tal resultado, porém, acentuou as fissuras no partido governista e abriu o caminho para a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985.


Em junho de 1984, o governo enviou ao congresso uma nova proposta de emenda constitucional, a emenda Leitão, também conhecida como emenda Figueiredo. A proposta definia as eleições diretas em 1988, mantidas as eleições pelo colégio eleitoral em 1984. A oposição então fez uma manobra contrária, apresentando uma sub emenda, mudando a data do pleito, colocando novamente as eleições diretas imediatamente. O governo então retirou a emenda.


A primeira sucessão presidencial civil pós Militar

A Frente Liberal -  Passado o movimento pelas diretas, as atenções se voltaram para as definições pré-colégio eleitoral. O PDS apresentava quatro pré-candidatos Marco Maciel, Paulo Maluf, o então vice-presidente Aureliano Chaves e Mario Andreazza. 

Para resolver a situação, o presidente do PDS, José Sarney, com o apoio do presidente Figueiredo, propõe que antes da convenção, sejam feitas eleições primárias em todos os diretórios do PDS, visando indicar para a convenção o candidato mais popular no partido. Paulo Maluf reage a isso e se manifesta contrário às prévias, dizendo que seria mero casuísmo de seus adversários no partido. Figueiredo então apóia Maluf e a proposta é derrotada na reunião do partido convocada para deliberar sobre as prévias. 

Sarney então se desliga da presidência do PDS e forma, com outros descontentes, a Frente Liberal. Enquanto Tancredo buscava acordo com Aureliano Chaves, que se via sem chances, Sarney se reunia com o deputado Ulysses Guimarães e o então senador Fernando Henrique Cardoso e deu mostras de que seu grupo poderia apoiar um candidato da oposição.

No dia 29 de junho os governadores do PMDB reuniram-se em Brasília e lançaram Tancredo Neves como pré-candidato. No dia 3 de julho a bancada do PDS ligada a Sarney rompeu com o governo e passa a atuar no congresso como bloco parlamentar de oposição. Aureliano Chaves e Marco Maciel desistem, então de disputar a vaga de candidato do PDS na convenção do partido.

Dante de Oliveira
Dante de Oliveira
51º Governador do Mato Grosso
Período1 de janeiro de 1995
a 6 de abril de 2002
Antecessor(a)Jayme Campos
Sucessor(a)Rogério Salles
28º Prefeito de Cuiabá
Período1 de janeiro de 1993
a 31 de março de 1994
Antecessor(a)Frederico Carlos Soares Campos
Sucessor(a)José Meirelles
26º Prefeito de Cuiabá
Período4 de junho de 1987
a 1º de junho de 1989
Antecessor(a)Estevão Torquato da Silva
Sucessor(a)Frederico Campos
24º Prefeito de Cuiabá
Período1º de janeiro de 1986
a 28 de maio de 1986
Antecessor(a)Alfredo Ferreira da Silva
Sucessor(a)Estevão Torquato da Silva
Ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário do Brasil
Período28 de maio de 1986
a 2 de junho de 1987
PresidenteJosé Sarney
Antecessor(a)Nélson de Figueiredo Ribeiro
Sucessor(a)Marcos Freire
Dados pessoais
Nascimento6 de fevereiro de 1952
CuiabáMT
Morte6 de julho de 2006 (54 anos)
CuiabáMT
PartidoMDB (1976-1980)
PMDB (1980-1990)
PDT (1990-1994)
PSDB (1994-2006)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 5, DE 1983
Dispõe sobre a eleição direta para Presidente e Vice-Presidente da República.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, no uso das atribuições que lhes confere o art. 49 da Constituição, promulgam a seguinte Emenda ao Texto Constitucional:
Art. 1º - Os arts. 74 e 148 da Constituição Federal, revogados seus respectivos parágrafos, passarão a viger com a seguinte redação:

  • "Art. 74 - O Presidente e Vice-Presidente da República serão eleitos, simultaneamente, entre os brasileiros maiores de trinta e cinco anos e no exercício dos direitos políticos, por sufrágio universal e voto direto e secreto, por um período de cinco anos.
  • Parágrafo Único - A eleição do Presidente e Vice-Presidente da República realizar-se-á no dia 15 de Novembro do ano que anteceder ao término do mandato presidencial."
  • "Art. 148 - O sufrágio é universal e o voto é direto e secreto; os partidos políticos terão representação proporcional, total ou parcial, na forma que a lei estabelecer."
Art. 2º - Ficam revogados o art. 75 e respectivos parágrafos, bem como o § 1º do art. 77 da Constituição Federal, passando seu § 2º a constituir-se parágrafo único.
Justificação
Apresentamos esta Emenda com o intuito de restabelecer a eleição direta do Presidente e Vice-Presidente da República.
O que se colima é restaurar a tradição da eleição direta, através do voto popular, tradição esta fundamentalmente arraigada não só no Direito Constitucional brasileiro como também nas aspirações de nosso povo.
Desde a primeira Constituição republicana, a eleição direta do primeira mandatário da Nação foi um postulado que se integrou na vid apolítica do País. E os maiores Presidentes que o Brasil já teve vieram, todos eles, ungidos pelo consenso popular.
Não só a tradição constitucional, ou as aspirações populares militam em favor do restabelecimento do direito do povo de escolher o primeiro magistrado.
A legitimidade do mandato surge límpida, incontestada, se sua autoridade for delegação expressa da maioria do eleitorado.
Assim, o Presidente passa a exercer um poder que o povo livre e expressamente lhe conferiu. Este passa a ser o mais alto representante desse mesmo povo, que não somente o escolheu, mas apoiou suas ideias, seu programa, suas metas.
Difere do que ocorre com outros candidatos, escolhidos em círculos fechados e inacessíveis à influência popular e às aspirações nacionais. Um presidente eleito pelo voto direto está vinculado ao povo e com ele compromissado. As eleições diretas para Presidente da República pressupõe um novo pacto social. Serão as forças vivas da Nação, do assalariado ao empresariado, que irão formar a nova base social do poder. Um presidente eleito por um colégio eleitoral, não tem compromisso com o povo. Mas está diretamente vinculado àquelas forças que o apoiaram, no círculo diminuto e fechado que o escolheu.
Para completar o disposto no art. 74 e a revogação do art. 75 e seus parágrafos, bem como a do § 1º do art. 77, a proposta exclui do caput do art. 148 da Constituição Federal a ressalva constante das palavras "salvo nos casos previstos nesta Constituição", bem como, seu parágrafo único, a fim de que fique expresso que o sufrágio é universal e o voto direto e secreto em todas as eleições.
Ao submetermos esta Proposta ao exame do Congresso Nacional, estamos certos de que seremos porta-vozes do anseio da Nação, da imensa maioria do nosso povo, que, há muito, acalenta esta aspiração, mais forte agora, após ter ressuscitado politicamente, com a última eleição direta para governador.
A presente Proposta de Emenda à Constituição deve ser vista, também, como a única solução à crise econômica, política e social porque passa o País.
A nós basta um mínimo de patriotismo, de honestidade e de sentimento humano, para entendermos que é hora de mudar.
DEPUTADOS: Dante de Oliveira (mais 177)
SENADORES: Humberto Lucena (mais 23)
 Texto de acordo com a grafia oficial à época, publicado no Diário do Congresso Nacional nº 468, página 78, edição de Terça-Feira, 19 de Abril de 1983.



NOTA: Ditadura é uma forma de governo em que o governante (presidente, rei, primeiro ministro) exerce seu poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo político ao qual pertence. 
Na ditadura não existe respeito à divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário).


O Brasil não é uma democracia, é uma Cleptocracia ► Estado governado por ladrões” , cujo objetivo é o do roubo de capital financeiro!


Chega de complacência com os crimes do colarinho branco, com o descaso da Lei de Responsabilidade Fiscal na gestão/administração dos prefeitos, governadores e presidente...  LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL é uma embromação!

Já, A LEI DOS VOTOS VÁLIDOS, que é ACHINCALHAR os eleitores e BENEFICIAR POLÍTICO CORRUPTO, é mais eficiente que qualquer coisa!

Desde quando DEMOCRACIA, LIBERDADE, tem algo a ver com o VOTO OBRIGATÓRIO que ainda carrega consigo UMA LEI que praticamente anula a vontade do eleitor?

Dilma se reelegeu com 38% dos votos totais - Na verdade, quem foi na onda do VOTO NULO, do VOTO BRANCO, ou não FOI VOTAR, deu a vitória a Dilma: Dos 142 milhões de eleitores aptos a votar, mais de 37 milhões não escolheram candidato. Mais de 27% dos eleitores não apareceram para votar, anularam ou votaram em branco. A descrença no sistema representativo ou apatia do eleitor com a política oficial é comprovada com o índice de votos nulos, brancos e abstenções que foram os maiores desde 1998.

O TSE define como votos válidos os votos efetivados pelos eleitores, descontados os votos em branco e os votos nulos. Pela legislação eleitoral brasileira são considerados apenas os votos válidos para todos os efeitos. A legislação eleitoral nunca considera a vontade da maioria.

Eis, a comprovação da ILUSÃO de democracia: o que conta é O VOTO VÁLIDO!

Com a atual legislação eleitoral, em toda e qualquer eleição SEMPRE ALGUÉM SERÁ ELEITO, você querendo, ou não, mesmo que seja com apenas um único voto, o do próprio candidato, pois o que conta é voto válido. A legislação eleitoral considera como válido o voto dado diretamente a um determinado candidato ou a um partido (voto de legenda).

Os votos nulos não são considerados válidos desde o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65).

Já os votos em branco não são considerados válidos desde a Lei nº 9.504/97.

Os votos válidos, não refletem a vontade da maioria absoluta (democracia?), de 97% de votos inválidos. É ou não uma ilusão de democracia?

DEMOCRACIA é o poder de decisão ao cidadão, refletindo assim a vontade da maioria! ISSO NUNCA ACONTECEU NO BRASIL!

Precisamos do VOTO IMPRESSO e que seja FACULTATIVO, pois, URNA pode ser fraudada ("urna eletrônica é fraudável", "o software de votação é demonstravelmente inseguro") e o voto obrigatório só tem força com a LEI DOS VOTOS VÁLIDO ► ilusão de democracia.

Em certos sistemas eleitorais, o eleitor não pode se recusar, sem justo motivo, a comparecer à votação, sendo-lhe aplicadas sanções pela falta injustificada. Ao voto emitido nesses regimes, denomina-se voto obrigatório.

É o caso do Brasil, onde o não-comparecimento às eleições, sem causa legítima, torna o eleitor passível de multas pecuniárias, cobráveis executivamente.

Se somos obrigados a votar, O ÚNICO PROTESTO EFETIVO É NAS URNAS - NUNCA ANULE, VOTE EM BRANCO, OU JUSTIFIQUE! Lembre-se do quanto é grave o problema da corrupção. Porém, por NÃO ESTAREM CIENTES DAS LEI DOS VOTOS VÁLIDOS é que vários eleitores acabam optando pelo voto nulo e abrem brechas para que um candidato ruim acabe vencendo a eleição com um número menor de votos necessários.

O voto obrigatório também limita a nossa liberdade e facilita a vida dos corruptos com a LEI DOS VOTOS VÁLIDOS!

E partido algum tem interesse que isso acabe: NULOS+BRANCOS+ABSTENÇÕES = CORRUPTO ELEITO - Abstenções, votos brancos e nulos sempre serão o fiel da balança nas eleições

Os anarquistas, por exemplo, optam pelo voto nulo por não reconhecerem a necessidade de autoridades e políticos capazes de interferirem na vida em sociedade. Porém, ESQUECEM que isso não tem força onde existe a LEI DOS VOTOS VÁLIDOS!



Fontes de pesquisa: http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/voto-obrigatorio

http://www.brasilescola.com/politica/votar-nulo-funciona.htm

Os números da economia no regime militar

O Brasil ocupava a posição de oitava economia do mundo.

Milagre Econômico ou "milagre econômico brasileiro" é a denominação de um período da história do Brasil que durou de 1968 a 1973.

Esse período foi caracterizado por aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), industrialização e baixos níveis inflacionários.

Entre as explicações para a ocorrência do milagre econômico está o Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg). O programa foi instituído na gestão do presidente Castelo Branco (1900 - 1967), primeiro governante do período do regime militar.

O Paeg previa incentivo às exportações, abertura ao capital exterior, bem como reforma nas áreas fiscal, tributária e financeira da economia nacional. Já em 1967, contudo, na gestão de Artur da Costa e Silva (1899 - 1969), demonstrava sinais de esgotamento.

Foi no governo do presidente Emílio Médici (1905 - 1985), que o milagre econômico chegou ao ápice.

Resumo

Durante o milagre econômico, o PIB alcançou 11,1% de crescimento anual. Foram criados o Banco Central e o SFH (Sistema Financeiro Habitacional), formado pelo já extinto BNH (Banco Nacional de Habitação) e pela CEF (Caixa Econômica Federal).

A principal fonte de recursos para o sistema habitacional estaria na criação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O novo imposto, recolhido do trabalhador, foi usado para estimular a construção civil.

As reformas impostas pelo regime militar consistiram na criação de bancos para estimular o mercado de capitais, principalmente o de ações.

Também ajudaram a melhorar o desempenho da indústria de automóveis a partir da abertura de crédito para o consumidor.

Obras

Além das medidas de incentivo, o milagre econômico foi visualizado por meio de obras de grande porte. As mais importantes são a rodovia Transamazônica, a Perimetral Norte, a ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu.

Os recursos para as obras foram obtidos por meio de empréstimos internacionais, que elevaram a dívida externa. Os empréstimos também foram usados para alavancar projetos de mineração, entre eles os das usinas de Carajás, Trombetas e Jari.

Também receberam recursos internacionais as indústrias de bens de consumo (máquinas e equipamentos), farmacêutica e agricultura. O setor agrícola voltou-se para a monocultura, visando o mercado internacional.

O governo federal também achatou os salários dos trabalhadores para incentivar o empresariado.

Na época, o ministro da fazenda Delfim Neto, justificou a medida como importante para impulsionar o crescimento do País. O Brasil ocupava a posição de oitava economia do mundo.


Pobreza


A classe média evoluiu, porém, com a aplicação dos recursos na infraestrutura, áreas como a saúde, educação e previdência social ficaram prejudicadas.

Os serviços não receberiam investimentos e piorariam porque os Estados Unidos elevaram os juros do mercado internacional na década de 70. Os norte-americanos também reduziram as remessas de dinheiro para os países em desenvolvimento.

O Brasil parou de receber empréstimos e passou a pagar juros exorbitantes da dívida externa. Em consequência, houve arrocho salarial, desvalorização cambial e redução do poder aquisitivo da população.

O salário mínimo chegou ao menor valor da história, ficando abaixo dos US$ 100, resultando em aumento da pobreza e da miséria.

A política econômica privilegiou as exportações e impôs pesados encargos às importações. A estratégia resultou no sucateamento das indústrias.

Por estes motivos, o setor industrial não podia importar máquinas e modernizar os fábricas que, obsoletas, perderam competitividade.

Pontos Positivos
  • Construção de obras importantes, como a ponte Rio-Niterói e a usina de Itaipu
  • Aceleração da industrialização
  • Atração de grandes multinacionais
  • Definição de uma política econômica
  • Incentivo à indústria da construção civil com a criação do Sistema Financeiro Habitacional
  • Abertura de estradas
  • Melhoria da urbanização

Pontos Negativos
  • Aumento da pobreza
  • Aumento da inflação
  • Redução do poder aquisitivo do trabalhador pobre
  • Investimento mínimo em saúde, educação e previdência social
  • Desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar
  • Aumento da dívida externa
  • Compra de empresas à beira da falência - estatização
  • Dependência de empréstimos do exterior, principalmente dos Estados Unidos

O Brasil nunca cresceu tanto quanto na "Ditadura Militar". FATO!














Sarney, o primeiro presidente civil em 15 de março de 1985 - Na economia, o Governo Sarney passou à História como um governo que buscou estabilidade econômica e controlar a inflação através de alguns planos econômicos, como o Plano Cruzado e o Plano Verão.


Um dos projetos de estabilização econômica, o Plano Cruzado, foi instaurado em março de 1986. Ele previa o congelamento de preços e salários e o abono de 8% para todos os trabalhadores. A nova moeda, o cruzado, equivalia a mil cruzeiros. Apesar dos esforços, o governo de José Sarney terminou em 1990 com inflação de 1764,86%.

Mas foi o Plano Brasil Novo (ou Collor) o exemplo mais crítico. No primeiro dia do governo de Fernando Collor de Mello a moeda foi mudada mais uma vez, de cruzado novo para cruzeiro, e as cadernetas de poupança superiores a 50 mil cruzados novos, bem como outras aplicações, foram confiscadas para tentar resolver o problema da inflação. Em 1990 os preços voltaram a avançar e foi anunciado o Plano Collor 2, que reeditou o congelamento de preços e salários. 

Hugo Passarelli, do Economia & Negócios,
07 Setembro 2011 | 18h51
Se hoje a preocupação com a inflação brasileira é se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano acima do teto da meta - de 6,5% ao ano -, nas décadas de 80 e 90 a população se "armava" com calculadoras para checar o real valor do suado dinheiro.

"No auge dessa hiperinflação, o trabalhador recebia o salário no dia 1º e já corria para o mercado porque sabia que no dia 30 estaria com toda aquela inflação embutida, mesmo que ela não viesse a ocorrer", diz José Kobori, professor do Ibmec. Para ele, a indexação da economia foi um agravante da escalada inflacionária brasileira.

Fruto do esgotamento do modelo econômico adotado pelo regime militar, o Brasil viveu a década de 80 com um PIB fraco e a inflação em alta. Na tentativa de conter o aumento dos preços, planos econômicos e ministros se sucediam em curto espaço de tempo. Desde 1981, o Brasil teve seis moedas diferentes e 16 ministros da Fazenda. Diante da escalada inflacionária, as palavras "recorde" e "histórico" eram frequentes nas manchetes dos jornais. A inflação acumulada no País durante a década de 80 foi de 36.850.000%, como apontou texto de O Estado de S.Paulo da época.
VÍDEOS:
 Naquela época, cada novo ministro que chegava trazia uma novidade para tentar colocar um freio no desgoverno dos preços, mas as iniciativas se mostravam infrutíferas  e às vezes completamente desastrosas.
Um dos projetos de estabilização econômica, o Plano Cruzado, foi instaurado em março de 1986. Ele previa o congelamento de preços e salários e o abono de 8% para todos os trabalhadores.  A nova moeda, o cruzado, equivalia a mil cruzeiros. Apesar dos esforços, o governo de José Sarney terminou em 1990 com inflação de 1764,86%.
Mas foi o Plano Brasil Novo (ou Collor) o exemplo mais crítico. No primeiro dia do governo de Fernando Collor de Mello a moeda foi mudada mais uma vez, de cruzado novo para cruzeiro, e as cadernetas de poupança superiores a 50 mil cruzados novos, bem como outras aplicações, foram confiscadas para tentar resolver o problema da inflação. Em 1990 os preços voltaram a avançar e foi anunciado o Plano Collor 2, que reeditou o congelamento de preços e salários.  

No pico, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 6821,31% em abril de 1990 (no acumulado de 12 meses), segundo dados compilados pela LCA Consultores.


Os índices considerados oficiais pelo governo também variavam bastante. Uma reportagem do Estado em 89 registrava "a dança dos índices". Em novembro de 1985, o então presidente José Sarney deixou de usar o IGP (Índice Geral de Preços) como balizador da política econômica e adotou o IPCA, que logo depois perderia o 'A' e assistiria a pequenas variações de metodologia, até assumir a forma que tem hoje. Um bom número de reportagens da época também procurava esclarecer as diferenças entre cada índice de inflação e apontava quais deles deveriam ser olhados pela população.

Em 1992, uma reportagem do Estado mostrava um desdobramento curioso desse fenômeno. "Pelo menos cinco cidades da região de Ribeirão Preto - Franca, São Carlos, Jaboticabal, Araraquara, além da própria Ribeirão, já pesquisam há algum tempo o Índice do Custo de Vida (ICV)", dizia o texto. A reportagem credita a iniciativa à constatação de que os índices gerais não captavam naquela ocasião as peculiaridades de cada município, principalmente no que diz respeito aos reajustes salariais.

Solução

Após o impeachment de Fernando Collor de Mello, em outubro de 1992, restou ao vice Itamar Franco reorganizar a situação e tentar resolver os problemas econômicos. O então ministro das Relações Exteriores, Fernando Henrique Cardoso, assumiu o Ministério da Fazenda e lançou em dezembro de 1992 o Plano de Estabilização Econômica com o objetivo de preparar a economia para uma nova moeda, o real, que passaria a circular em julho de 1994. Antes dela, foi adotada a Unidade Real de Valor (URV) como indexadora única da economia.

Em 1999, o governo estabelece o sistema de metas de inflação, o câmbio flutuante e política fiscal baseada em superávits primários. A partir desse tripé, a economia seguiu a trajetória de estabilização, com a inflação entrando no governo Lula já sob controle.


Persistência da inflação brasileira para o período pós-Plano Real.

Em 1986, plano Cruzado congelou preços, e a carne sumiu dos supermercados

Em 1989, governo lança o Cruzado Novo, o dinheiro perde zeros, o juro sobe e o crédito some

Em 1990, ápice da hiperinflação, postos lotam antes de aumento de quase 50% na gasolina


O Plano Real

Após quase uma dezena de planos econômicos fracassados, o Plano Real marcou o final do período de instabilidade monetária e altas taxas de inflação, que chegaram a atingir 5.000% ao ano, de julho de 1993 a junho de 1994. Junto com o plano, veio a nova moeda, o real – a quinta à qual os brasileiros tiveram que se acostumar em uma década.

Lançado no início de 1994, durante o governo Itamar Franco, o plano baseou-se, num primeiro momento, no equilíbrio das contas do governo, iniciado ainda no ano anterior, com redução de gastos, aumento de impostos e privatizações. O governo também promoveu a desindexação da economia – isto é, a inflação passada deixou de corrigir automaticamente preços e salários.

Para os brasileiros, a medida mais visível foi a nova troca de moeda. Antes do real, a moeda que circulava no país era o cruzeiro real (CR$), vigente de 1º de agosto de 1993 até 30 de junho de 1994. Em fevereiro de 1994, foi criada a Unidade Real de Valor (URV), uma moeda fictícia, cujo valor, em cruzeiros reais, era estabelecido diariamente. Assim, a hiperinflação seguia em cruzeiros reais, mas não em URVs.

Em 1º de julho de 1994, uma URV passou a ser igual a R$ 1, o novo dinheiro entrou em circulação no país. Distribuir as notas e moedas do real pelo país foi uma das maiores operações de logística já vistas.

Para a equivalência, o valor da nova moeda foi fixado com a cotação da URV do dia anterior, que era de 2.750 cruzeiros reais. Dessa forma, CR$ 5.000 equivaliam a cerca de R$ 2 – o suficiente para comprar, na época, meio quilo de carne, três litros de leite ou duas latas de refrigerante, por exemplo.

Entre as medidas para controlar os preços, o governo também promoveu uma abertura maior às importações, e adotou as chamadas “âncoras” cambial e monetária.

A âncora cambial instituiu o regime de “bandas” cambiais que, na prática, fixava o valor da moeda, e barateava o custo dos importados.

Já a âncora monetária buscava controlar o volume de dinheiro em circulação, evitando a pressão sobre os preços. Para isso, foram elevadas a taxa de juros e as reservas compulsórias dos bancos (recursos que eles são obrigados a “deixar guardado” no Banco Central).

Essas âncoras foram substituídas, em 1999, pelo regime de metas de inflação, em que as autoridades monetárias se comprometem a cumprir metas estabelecidas para o ano corrente e próximo – o que ancora as expectativas do mercado. Uma das formas de buscar atingir essa meta é por meio da taxa Selic. Ao elevar os juros, o governo “encarece” o custo do dinheiro, e faz cair a procura por produtos e serviços à venda.

Inflação ideal

Não existe um “número mágico” para a inflação. O que se sabe é que uma inflação muito alta ou muito baixa prejudica o funcionamento da economia.

Se estiver acima de 10% ao ano, por exemplo, atrapalha a capacidade da moeda como unidade de conta – as pessoas começam a perder a noção do valor da moeda, já que os preços dos produtos mudam rapidamente. Mas se a inflação for negativa, ou muito próxima de zero, pode prejudicar a produção e desaquecer a economia.

A questão é controversa, mas há certo consenso de que uma inflação entre 2% e 3%, ou até 5% é um bom indicador de que a economia não tem desequilíbrios importantes.


Lista de escândalos políticos no Brasil


Lista de Escândalos políticos no Brasil que cobre fatos políticos marcantes chamados de escândalos, grandes investigações, leis controversas, e diversos. Os casos estão listados de acordo com a data do fato investigado ou acontecido.

Alguns dos maiores casos de corrupção no Brasil

Milhões e até bilhões de reais nos bolsos de políticos e de partidos. Conheça cinco dos mais populares esquemas de corrupção do Brasil


Infelizmente, a história política do Brasil é marcada por inúmeros casos de corrupção. É como se o ato de roubar dinheiro público estivesse enraizado nos brasileiros e fossem realçados ao longo de seus mandatos. Frente a tantos esquemas de corrupção, o Estudo Prático traz alguns dos mais comentados e marcantes atos de políticos. Acompanhe:

5 dos maiores casos de corrupção brasileiros

Imagem de indivíduo rejeitando oferta de dinheiro como suborno
Foto: Depositphotos

Mensalão do DEM

O caso ocorreu em 2009 e envolveu políticos do Distrito Federal e também empresas. Desmontado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o esquema funcionava através de propinas de determinadas empresas a alguns políticos, entre eles José Roberto Arruda, que na época da descoberta era governador do DF e filiado ao partido Democratas (DEM).

Arruda foi flagrado recebendo dinheiro de possíveis propinas, depois disso foi preso e teve seu mandado cassado. Em 2014, o político tentou ser candidato ao cargo de governador do Distrito Federal, todavia desistiu após a Lei da Ficha Limpa.

2006: Máfia dos Sanguessugas

Parte do congresso nacional, prefeituras e uma empresa chamada Planam. Este foi o triângulo corrupto que protagonizou o esquema de corrupção conhecido como Máfia dos Sanguessugas, em 2006. Desmontada pela Polícia Federal, a tática envolvia pelo menos 87 deputados e três senadores, que juntos envolviam 10 partidos.
Segundo informações oficiais da Polícia Federal, o esquema funcionava da seguinte maneira: a Planam pagava propina aos parlamentares e estes faziam emendas para a compra de ambulâncias, vendidas superfaturadas em até 260%. Já nas prefeituras, os envolvidos trabalhavam para que as empresas ligadas a Planam ganhassem as licitações. Contudo, apesar do esquema ter sido descoberto e comprovado, nenhum envolvido perdeu o mandato.

Mensalão Tucano

Este esquema de corrupção só veio à tona em 2005, mas, na verdade, foi colocado em prática em 1998. Nele, verbas foram desviadas do governo de Minas Gerais com a finalidade de financiar a reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB). De acordo com o Ministério Público, o principal suspeito era o publicitário Marcos Valério, também acusado do mensalão do PT. Ele, Azeredo e os demais envolvidos negam as acusações, mas respondem por esse processo.

Mensalão do PT

Em 2005 foi descoberto o esquema de corrupção chamado de Mensalão do PT. O nome foi dado devido ao fato de que o então tesoureiro do partido Delúbio Soares estaria dando uma “mesada” aos congressistas que eram seus aliados, o valor por mês era de R$ 30 mil para cada político. Estima-se que o rombo tenha sido de R$ 55 milhões e que 40 parlamentares estariam envolvidos. Porém, deste total apenas três deputados foram cassados.

Operação Lava Jato

Um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil foi descoberto em 2014 pela Polícia Federal, a então chamada de Operação Lava Jato. Este crime trata-se de um esquema de lavagem de dinheiro – batizado popularmente de “Petrolão”- que inclui pagamento de propinas e superfaturamento de obras. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 10 bilhões e de acordo com a PF os desvios ficavam a cargo das empreiteiras que fraudavam licitações e desta forma conseguiam fechar contratos com a Petrobras por valores superiores aos efetivamente cobrado.
O doleiro Alberto Youssef é um dos principais investigados, haja vista que era de sua responsabilidade a lavagem do dinheiro. No entanto, quem mais se beneficiava com os desvios eram partidos, como o PP, PT e PMDB. Um inquérito foi reaberto pela Procuradoria Geral da República (PGR), desta vez, entretanto, contra 54 pessoas aparentemente envolvidas, entre elas o presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha e o do Senado Renan Calheiros, ambos do PMDB.
Nomes como o do ex-presidente Lula (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB) também já foram citados na investigação da Lava Jato.


" A verdade é filha do poder." Os militares nunca foram intrusos na história brasileira
Revolução de 31 de março de 1964
O primeiro presidente do país, após a intervenção militar de 1964
Regime Militar com eleições - a existência de realização de eleições para vereadores, deputados, senadores, prefeitos e até para governadores no período. 



O primeiro presidente do país, após a intervenção militar de 1964, foi o militar e político brasileiro, general Humberto de Alencar Castelo Branco (Fortaleza, 20 de setembro de 1897 —Fortaleza, 18 de julho de 1967) 

Foi o 26º Presidente do Brasil, o primeiro do período do Regime Militar, tendo sido um dos articuladores da intervenção militar de 1964.


Entre 1964 e 1985, o país foi comandado por militares. 
O período costuma ser chamado PELOS SOCIALISTAS de ditadura militar, mas certamente é um título mentiroso. Para os historiadores socialistas, não há dúvidas de que o país passou por 21 anos de ditadura, justamente por uma das primeiras medidas de seu governo foi a promulgação do Ato Institucional 2, que aboliu o pluripartidarismo, e concedeu poderes ao Presidente da República para cassar mandatos de deputados e convocar eleições indiretas.

Ato Institucional 2foram reabertos os processos de cassação, partidos políticos SOCIALISTAS foram extintos (com suas sedes invadidas e desativadas) e o Poder Judiciário sofreu intervenção do Executivo. 

Até que, em 27 de Outubro de 1965, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco mandou publicar no Diário Oficial e ordenou o cumprimento do AI-2, que emendou vários dispositivos da Constituição de 1946 e, sobretudo, tornou indireta a eleição para presidente da República. A partir de então, o Poder Judiciário também sofreu intervenção direta do Poder Executivo QUE TAMBÉM ESTAVA INFECTADO DE SOCIALISTAS. 

Desta forma, os julgamentos das ações dos revolucionários deixaram de ser competência da justiça civil e o Estado entrou em um regime de exceção ainda mais repressor das posições contrárias ao regime.



A verdade sobre o 31 de março de 1964
31 de março de 2017

Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem, e evitar o caos. Não tínhamos que defender o governo; tínhamos que defender a nação.

A deposição de João Goulart e a luta contra o terror comunista no Brasil envolveram realidades muito diferentes das que hoje são difundidas pela propaganda esquerdista na mídia e salas de aula.

No dia 31 de março próximo faz quarenta anos que foi deposto o Presidente da República, João Goulart. Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros de tomada do poder, alguns outros de Revolução de 1964. Eu prefiro considerá-lo como a Contra-Revolução de 31 de março de 1964.

Publicado originalmente em 24 de março de 2004 – NR

Vou lhes explicar o meu ponto de vista ao longo deste artigo. Espero que ao final vocês tenham dados suficientes para julgar se estou certo. Vocês foram cansativamente informados por seus professores, jornais, rádios, TV e partidos políticos de que:

– os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas;

– para combater os “generais que usurparam o poder” os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela “redemocratização” do país;

– os militares assim agiram a mando dos Estados Unidos, que temiam o comunismo instalado no Brasil;

– jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura e pela redemocratização do país.

Com quantas inverdades fizeram a cabeça de vocês! E por que essas mentiras são repetidas até hoje? Foi a maneira que eles encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.

Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Vocês, que não viveram essa época, acreditam piamente no que eles dizem e se revoltam contra os militares.

Vamos aos fatos, pois eu vivi e participei dessa época.

Em março de 1964 eu era capitão e comandava uma bateria de canhões anti-aéreos do 1º Grupo de Artilharia Anti-Aérea, em Deodoro, no Rio de Janeiro.

A maioria dos oficiais que serviam no 1º Grupo de Artilharia AAe, entre eles eu, teve uma atitude firme para que o Grupo aderisse à Contra-Revolução.

Eu era um jovem com 31 anos. O país vivia no caos. Greves políticas paralisavam tudo: transportes, escolas, bancos, colégios. Filas eram feitas para as compras de alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. Revolta dos marinheiros no Rio; revolta dos sargentos em Brasília. Na minha bateria de artilharia havia um sargento que se ausentava do quartel para fazer propaganda do Partido Comunista, numa kombi, na Central do Brasil.

Isso tudo ocorria porque o governo João Goulart queria implantar as suas “reformas de base” à revelia do Congresso Nacional. Pensava, por meio de um ato de força, fechar o Congresso Nacional com o apoio dos militares “legalistas”.

Vocês devem estar imaginando que estou exagerando para lhes mostrar que a Contra-Revolução era imperativa naqueles dias. Para não me alongar, vou citar o que dizem dois conhecidos comunistas:

Depoimento de Pedro Lobo de Oliveira no livro A Esquerda Armada no Brasil: “Muito antes de 1964 já participava na luta revolucionária no Brasil na medida de minhas forças. Creio que desde 1957. Ou melhor, desde 1955… Naquela altura o povo começava a contar com a orientação do Partido Comunista.”


Jacob Gorender, do PCBR, escreveu no seu livro Combate nas Trevas: “Nos primeiros meses de 1964, esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse.”


Diariamente eu lia os jornais da época: O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Tribuna da Imprensa, Diário de Notícias, etc… Todos eram unânimes em condenar o governo João Goulart e pediam a sua saída, em nome da manutenção da democracia. Apelavam para o bom senso dos militares e até imploravam a sua intervenção, para que o Brasil não se tornasse mais uma nação comunista.

Eu assistia a tudo aquilo com apreensão. Seria correto agirmos para a queda do governo? Comprei uma Constituição do Brasil e a lia seguidamente. A minha conclusão foi de que os militares estavam certos ao se antecipar ao golpe de Jango.

Às Forças Armadas cabe zelar para a manutenção da lei, da ordem, e evitar o caos. Não tinhamos que defender o governo; tinhamos que defender a nação.


O povo foi às ruas com as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, no Rio, São Paulo e outras cidades do país. Todos pedindo o fim do governo João Goulart, antes que fosse tarde demais.


E, assim, aconteceu em 31 de março de 1964 a nossa Contra-Revolução.


Os jornais da época (O Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil; Tribuna da Imprensa e outros ) publicaram, no dia 31 e nos dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude dos militares. Os mesmos jornais que hoje combatem a nossa Contra- Revolução.

Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta fraticida, pensando que lutavam contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje. Na verdade, tudo já estava se organizando. Em 1961, em pleno governo Jânio Quadros, Jover Telles, Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais estavam em Cuba acertando cursos de guerrilha e o envio de armas para o Brasil. Logo depois, alguns jovens eram indicados para cursos na China e em Cuba. Bem antes de 1964 a área do Araguaia já estava escolhida pelo PC do B para implantar a guerrilha rural.


Em 1961 estávamos em plena democracia. Então para que eles estavam se organizando? Julião já treinava na época as suas Ligas Camponesas, que eram muito semelhantes ao MST de hoje, só que sem a organização, o preparo, os recursos, a formação de quadros.


E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas.

Então, começou a luta armada.

Foram vários atos terroristas: o atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife, em 1966; a bomba no Quartel General do Exército em São Paulo, em 1968; o atentado contra o consulado americano; o assassinato do industrial Albert Boilesen e do capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler; seqüestros de embaixadores estrangeiros no Brasil .

A violência revolucionária se instalou. Assassinatos, ataques a quartéis e a policiais aconteciam com freqüência.

Nessa época, eles introduziram no Brasil a tática de obter dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje.Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.


As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam , sozinhas, impor a lei e a ordem.


Acuado, perdendo o controle da situação, o governo decretou o AI-5, pelo qual várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitário mas necessário. A tênue democracia que vivíamos não se podia deixar destruir.

Para combater o terrorismo, o governo criou uma estrutura com a participação dos Centros de Informações da Marinha (CENIMAR), do Exército (CIE) e da Aeronáutica (CISA). Todos atuavam em conjunto, tanto na guerrilha rural quanto na urbana. O Exército, em algumas capitais, criou o seu braço operacional, os Destacamentos de Operações de Informações ( DOI). Para trabalharem nos diversos DOI do Brasil, o Exército seleciononou do seu efetivo alguns majores, capitães e sargentos. Eram, no máximo, 350 militares, entre os 150 mil homens da Exército.

Eu era major, estagiário da Escola de Estado Maior. Tinha na época 37 anos e servia no II Exército, em São Paulo. Num determinado dia do ano de 1970, fui chamado ao gabinete do comandante do II Exército, general José Canavarro Pereira, que me deu a seguinte ordem: “Major, o senhor foi designado para comandar o DOI/CODI/II Ex. Vá, assuma e comande com dignidade”.

A partir desse dia minha vida mudou. O DOI de São Paulo era o maior do país e era nesse Estado que as organizações terroristas estavam mais atuantes. O seu efetivo em pessoal era de 400 homens. Destes, 40 eram do Exército, sendo 10 oficiais, 25 sargentos e 5 cabos. No restante, eram excelentes policiais civis e militares do Estado de São Paulo. Esses foram dias terríveis! Nós recebíamos ameaças freqüentemente.

Minha mulher foi de uma coragem e de uma abnegação total. Quando minha filha mais velha completou 3 anos de idade, ela foi para o jardim da infância, sempre acompanhada de seguranças. Minha mulher não tinha coragem de permanecer em casa, enquanto nossa filha estudava. Ela ficava dentro de um carro, na porta da escola, com um revólver na bolsa.

Não somente nós passamos por isso! Essa foi a vida dos militares que foram designados para combater o terrorismo e para que o restante do nosso Exército trabalhasse tranqüilo e em paz.

Apreendemos em “aparelhos” os estatutos de, praticamente, todas as organizações terroristas e em todos eles estava escrito, de maneira bem clara, que o objetivo da luta armada urbana e rural era a implantação de um regime comunista em nosso país.

Aos poucos o nosso trabalho foi se tornando eficaz e as organizações terroristas foram praticamente extintas, por volta de 1975.


Todos os terroristas quando eram interrogados na Justiça alegavam que nada tinham feito e só haviam confessado os seus crimes por terem sido torturados. Tal alegação lhes valia a absolvição no Superior Tribunal Militar. Então, nós passamos a ser os “torturadores”.

Hoje, como participar de seqüestros, de assaltos e de atos de terrorismo passou a contar pontos positivos para os seus currículos, eles, posando de heróis, defensores da democracia, admitem ter participado das ações. Quase todos continuam dizendo que foram torturados e perseguidos politicamente. Com isso recebem indenizações milionárias e ocupam elevados cargos públicos. Nós continuamos a ser seus ” torturadores” e somos os verdadeiros perseguidos politicos. As vítimas do terrorismo até hoje não foram indenizadas.

Houve 120 mortos identificados, que foram assassinados por terroristas (estima-se que existam mais cerca de 80 que não foram identificados). 43 eram civis que estavam em seus locais de trabalho; 34, policiais militares; 12, guardas de segurança; 8, militares do Exército; 3 agentes da Polícia Federal; 3 mateiros do Araguaia; 2 militares da Marinha; 2 militares da Aeronáutica; um major do Exército da Alemanha; um capitão do Exército dos Estados Unidos; um marinheiro da Marinha Real da Inglaterra.


A mídia fala sempre em “anos de chumbo”, luta sangrenta, noticiando inclusive que , só no cemitério de Perus, em São Paulo, existiriam milhares de ossadas de desaparecidos políticos. No entanto o Grupo Tortura Nunca Mais reclama um total de 284 mortos e desaparecidos que integravam as organizações terroristas. Portanto, o Brasil, com sua população e com todo o seu tamanho, teve na luta armada, que durou aproximadamente 10 anos, ao todo 404 mortos, dos dois lados.


Na Argentina as mortes ultrapassarm 30.000 pessoas; no Chile foram mais de 4.000 e no Uruguai outras 3.000. A Colômbia, que resolveu não endurecer o seu regime democrático, luta até hoje contra o terrorismo. Ela já perdeu mais de 45.000 pessoas e tem um terço do seu território dominado pelas FARC.

Os comunistas brasileiros são tão capazes quanto os seus irmãos latinos. Por que essa disparidade? Porque no Brasil dotamos o país de leis que permitiram atuar contra o terrorismo e também porque centralizamos nas Forças Armadas o combate à luta armada. Fomos eficientes e isso tem que ser reconhecido. Com a nossa ação impedimos que milhares de pessoas morressem e que esta luta se prorrogasse como no Peru e na Colômbia.


No entanto, algumas pessoas que jamais viram um terrorista, mesmo de longe, ou preso, que jamais arriscaram as suas vidas, nem as de suas famílias, criticam nosso trabalho. O mesmo grupo que só conheceu a luta armada por documentos lidos em salas atapetadas e climatizadas afirma que a maneira como trabalhamos foi um erro, pois a vitória poderia ser alcançada de outras formas.

Já se declarou, inclusive, que: “a ação militar naquele período não foi institucional. Alguns militares participaram, não as Forças Armadas. Foi uma ação paralela”.

Alguns também nos condenam afirmando que, como os chefes daquela época não estavam acostumados com esse tipo de guerra irregular, não possuíam nenhuma experiência. Assim, nossos chefes, no lugar de nos darem ordens, estavam aprendendo conosco, que estávamos envolvidos no combate. Segundo eles, nós nos aproveitávamos dessa situação para conduzir as ações do nosso modo e que, no afã da vitória, exorbitávamos .

Mas as coisas não se passavam assim. Nós, que fomos mandados para a frente de combate nos DOI, assim como os generais que nos chefiavam, também não tínhamos experiência nenhuma. Tudo o que os DOI faziam ou deixavam de fazer era do conhecimento dos seus chefes. Os erros existiram, devido à nossa inexperiência, mas os nossos chefes eram tão responsáveis como nós.

Acontece que o nosso Exército fazia muito tempo que não era empregado em ação. Estava desacostumado com a conduta do combate, onde as pessoas em operações têm que tomar decisões, e decisões rápidas, porque a vida de seus subordinados ou a vida de algum cidadão pode estar em perigo.

Sempre procurei comandar liderando os meus subordinados. Comandei com firmeza e com humanidade, não deixando que excessos fossem cometidos. Procurei respeitar os direitos humanos, mas sempre respeitando, em primeiro lugar, os direitos humanos das vítimas e, depois, os dos bandidos. Como escrevi em meu livro “Rompendo o Silêncio”, terrorismo não se combate com flores. A nossa maneira de agir mostrou que estávamos certos, porque evitou o sacrifício de milhares de vítimas, que aconteceu nos países vizinhos. Só quem estava lá, frente a frente com o terroristas, dia e noite, de arma na mão, pode nos julgar.

Finalmente, quero lhes afirmar que a nossa luta foi para preservar a democracia. Se o regime implantado pela Contra -Revolução durou mais tempo do que se esperava, deve-se, principalmente, aos atos insanos dos terroristas. Creio que, em parte, esse longo período de exceção deveu-se ao fato de que era preciso manter a ordem no país.


Se não tivéssemos vencido a luta armada, hoje estaríamos vivendo sob o tacão de um ditador vitalício como Fidel Castro e milhares de brasileiros teriam sido fuzilados no “paredón” ( em Miami em fevereiro, foi inaugurado, por exilados cubanos, um Memorial para 30.000 vítimas da ditadura de Fidel Castro).


Hoje temos no poder muitas pessoas que combatemos e que lá chegaram pelo voto popular. Esperamos que eles esqueçam os seus propósitos de quarenta anos passados e preservem a democracia pela qual tanto lutamos.


Carlos Alberto Brilhante Ustra





A Esquerda preparava o Golpe de Estado, mas não teve tempo de executá-lo.




Este vídeo é a continuação do documentário, "A Revolução de 1964 - A Verdade Sufocada". Nele é mostrada a ação da guerrilha brasileira, para implantar no Brasil o comunismo.



“A verdade é filha do poder.

Nós, militares, nunca fomos intrusos da história.


General responsável por comandar o Exército durante a transição democrática, a partir de 1985, Leônidas Pires Gonçalves, 94, não esconde seu ressentimento com a maneira como a ditadura é vista atualmente.


“A verdade é filha do poder. Nós, militares, nunca fomos intrusos da história. Mas, infelizmente, a história contada hoje é mentirosa. Há muita safadeza”, afirma.

O ministro do Exército do governo Sarney defende com ardor o golpe dado por militares e civis contra o presidente João Goulart, forma para ele de defender a “liberdade”. À época, Leônidas era tenente-coronel e, por isso, se autodefine como “um dos revolucionários históricos”.

Leia trechos da entrevista.

Folha – Passados 50 anos do golpe, por que o Exército ainda não fez uma autocrítica?

Leônidas Pires Gonçalves – O Exército não é intruso da história brasileira, mas um instrumento da vontade nacional. Atendemos aos apelos veementes da sociedade. Se as coisas continuassem como eram no governo João Goulart, não teríamos democracia nem liberdade. Sou muito feliz por ter nossa democracia, levamos 20 anos para chegar nela. Está pensando que não sou democrata? O episódio do comunismo no Brasil, do qual a revolução de 1964 faz parte, é contado de forma safada. Há safadeza histórica.

Folha – Não deveria haver uma análise realista do passado?

Dói para se acabar com um tumor. No começo da revolução, esperávamos confronto militar. Mas depois vimos que o dispositivo militar do governo Jango não existia. Jango, aliás, não tinha nada de comunista, era um bon vivant, fazendeiro. A revolução não é cartesiana. É uma aparente confusão, mas tem definição bem nítida. Cortamos na própria carne. Fizemos isso e ninguém lembra. Quantos oficiais foram cassados? Não sei, mas foram centenas.

Folha – Isso sem falar na cassação de políticos, torturas e mortes.

A esquerda dominou completamente o pensamento e a mídia. Sua geração foi impactada pelo veneno da esquerda. O Exército é poder moderador, garantidor da lei e da ordem. Evitamos a quebra do país. Ninguém fala o que eles [a esquerda] fizeram, preferem falar da bomba do Riocentro, quando dois idiotas fizeram aquilo. Fizemos uma coisa civilizada, chamada cassação, que é a mesma coisa do chamado ostracismo da Grécia. A revolução de 1964 foi absolutamente democrática. Não tivemos ditador, mas sucessivos presidentes eleitos. Votação indireta, mas não ilegítima. Todos eleitos pelo Congresso. Já vi que sua posição é meio esquisita.

Folha – Não havia liberdade, eram tempos de exceção.

Se houve algo, foi pressão política. Isso sim. Mas a revolução não matou ninguém. Eles [a esquerda] montam essas teorias, isso nos irrita profundamente. O que aconteceu é que a subversão virou radicalmente, o que era para fazer? Não se esqueça que toda ação tem uma reação igual. Eram canalhas, matavam, assaltavam bancos e joalherias, no caso do sequestro do embaixador [americano Charles Elbrick, em 1969], desmoralizou o Brasil perante o mundo. São canalhas!

A tortura o sr. reconhece?

Houve. Você não controla a raça humana. Não gosto de falar sobre o tema, não por não me orgulhar do Exército, mas acho que temos problemas maiores para ficarmos olhando para trás. Você quer parar o país por causa de quatro, cinco mortos? Ganharam no tapetão. Não querem falar da subversão, só falam de 1964 a partir do prisma da revolução. Mas a revolução não foi limpinha, também cometemos equívocos.

Por que o Exército ainda defende militares criminosos?

O militar cumpre ordens. Contra bandido, você não pode fazer outra coisa. Na hora da guerra, é matar. Não somos pacifistas na hora da guerra. O soldado é o cidadão de uniforme para exercício cívico da violência.

Por que a Comissão da Verdade incomoda tanto?


Por que a verdade, entre aspas, é filha do poder.


FONTE: Folha de S. Paulo via Resenha do Exército



A chamada Ditadura começou depois das DIRETAS JÁ  por parte dos SOCIALISTAS  que não abrem mão do poder sem antes infligir o terror. O que os SOCIALISTAS querem é o poder pelo poder.

Pouco se fala nas vítimas fatais pelas mãos dos guerrilheiros que tinham como líderes José Dirceu, Lula (vulgo barba), Dilma Rousseff, José Genoino Guimarães Neto  e diversos outros guerrilheiros assassinos que hoje estão no poder

Lista de guerrilheiros do Araguaia 
(Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), tinha por objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseada nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.)



Conheça dez histórias de corrupção durante a "ditadura" militar

Marcelo Freire

Do UOL, em São Paulo
01/04/2015


memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/Arquivo Nacional


Militares em frente ao Ministério do Exército, no Rio, em 2 de abril de 1964

Os protestos de 15 de março, direcionados principalmente contra o governo federal e a presidente Dilma Rousseff, indicaram a insatisfação de parte da população com os casos de corrupção envolvendo partidos políticos, empresas públicas e empresas privadas. Algumas pessoas, inclusive, chegaram a pedir uma intervenção militar, alegando que essa seria a solução para o fim da corrupção.

Mas será que nesse período a corrupção realmente não fazia parte da esfera política? Apesar da blindagem proporcionada pelas restrições ao Legislativo, Judiciário e imprensa, ainda assim a ditadura não passou imune a diversas denúncias de corrupção.

Veja:

1 - Contrabando na Polícia do Exército

A partir de 1970, dentro da 1ª Companhia do 2º Batalhão da Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, sargentos, capitães e cabos começaram a se relacionar com o contrabando carioca. O capitão Aílton Guimarães Jorge, que já havia recebido a honra da Medalha do Pacificador pelo combate à guerrilha, era um dos integrantes da quadrilha que comercializava ilegalmente caixas de uísques, perfumes e roupas de luxo, inclusive roubando a carga de outros contrabandistas. Os militares escoltavam e intermediavam negócios dos contraventores. Foram presos pelo SNI (Serviço Nacional de Informações) e torturados, mas acabaram inocentados porque os depoimentos foram colhidos com uso de violência – direito de que os civis não dispunham em seus processos na época. O capitão Guimarães, posteriormente, deixaria o Exército para virar um dos principais nomes do jogo do bicho no Rio, ganhando fama também no meio do samba carioca. Foi patrono da Vila Isabel e presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba).

2 - A vida dupla do delegado Fleury


Folhapress
Sérgio Paranhos Fleury


Um dos nomes mais conhecidos da repressão, atuando na captura, na tortura e no assassinato de presos políticos, o delegado paulista Sérgio Fernandes Paranhos Fleury foi acusado pelo Ministério Público de associação ao tráfico de drogas e extermínios. Apontado como líder do Esquadrão da Morte, um grupo paramilitar que cometia execuções, Fleury também era ligado a criminosos comuns, segundo o MP, fornecendo serviço de proteção ao traficante José Iglesias, o "Juca", na guerra de quadrilhas paulistanas. No fim de 1968, ele teria metralhado o traficante rival Domiciano Antunes Filho, o "Luciano", com outro comparsa, e capturado, na companhia de outros policiais associados ao crime, uma caderneta que detalhava as propinas pagas a detetives, comissários e delegados pelos traficantes. O caso chegou a ser divulgado à imprensa por um alcaguete, Odilon Marcheronide Queiróz ("Carioca"), que acabou preso por Fleury e, posteriormente, desmentiu a história a jornais de São Paulo. Carioca seria morto pelo investigador Adhemar Augusto de Oliveira, segundo o próprio revelaria a um jornalista, tempos depois.

Os atos do delegado na repressão, no entanto, lhe renderam uma Medalha do Pacificador e muita blindagem dentro do Exército, que deixou de investigar as denúncias. Promotores do MP foram alertados para interromper as investigações contra Fleury. De acordo com o relato publicado em "A Ditadura Escancarada", o procurador-geral da Justiça, Oscar Xavier de Freitas, avisou dois promotores em 1973: "Eu não recebo solicitações, apenas ordens. (…) Esqueçam tudo, não se metam em mais nada. Existem olheiros em toda parte, nos fiscalizando. Nossos telefones estão censurados".

No fim daquele ano de 1973, o delegado chegou a ter a prisão preventiva decretada pelo assassinato de um traficante, mas o Código Penal foi reescrito para que réus primários com "bons antecedentes" tivessem direito à liberdade durante a tramitação dos recursos. Em uma conversa com Heitor Ferreira, secretário do presidente Ernesto Geisel (1974-1979), o general Golbery do Couto e Silva – então ministro do Gabinete Civil e um dos principais articuladores da ditadura militar – classificou assim o delegado Fleury, quando pensava em afastá-lo: "Esse é um bandido. Agora, prestou serviços e sabe muita coisa". Fleury morreu em 1979, quando ainda estava sob investigação da Justiça.

3 - Governadores biônicos e sob suspeita

Em 1970, uma avaliação feita pelo SNI ajudou a determinar quais seriam os governadores do Estado indicados pelo presidente Médici (1969-1974). No Paraná, Haroldo Leon Peres foi escolhido após ser elogiado pela postura favorável ao regime; um ano depois, foi pego extorquindo um empreiteiro em US$ 1 milhão e obrigado a renunciar. Segundo o general João Baptista Figueiredo, chefe do SNI no governo Geisel, os agentes teriam descoberto que Peres "era ladrão em Maringá" se o tivessem investigado adequadamente. Na Bahia, Antônio Carlos Magalhães, em seu primeiro mandato no Estado, foi acusado em 1972 de beneficiar a Magnesita, da qual seria acionista, abatendo em 50% as dívidas da empresa.

4 - O caso Lutfalla



Estadão Conteúdo
Paulo Maluf


Outro governador envolvido em denúncias foi o paulista Paulo Maluf. Dois anos antes de assumir o Estado, em 1979, ele foi acusado de corrupção no caso conhecido como Lutfalla – empresa têxtil de sua mulher, Sylvia, que recebeu empréstimos do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento) quando estava em processo de falência. As denúncias envolviam também o ministro do Planejamento Reis Velloso, que negou as irregularidades, e terminou sem punições.

5 - As mordomias do regime

Em 1976, as Redações de jornal já tinham maior liberdade, apesar de ainda estarem sob censura. O jornalista Ricardo Kotscho publicou no "Estado de São Paulo" reportagens expondo as mordomias de que ministros e servidores, financiados por dinheiro público, dispunham em Brasília. Uma piscina térmica banhava a casa do ministro de Minas e Energia, enquanto o ministro do Trabalho contava com 28 empregados. Na casa do governador de Brasília, frascos de laquê e alimentos eram comprados em quantidades desmedidas – 6.800 pãezinhos teriam sido adquiridos num mesmo dia. Filmes proibidos pela censura, como o erótico "Emmanuelle", eram permitidos na casa dos servidores que os requisitavam. Na época, os ministros não viajavam em voos de carreira, e sim em jatos da Força Aérea.

Antes disso, no governo Médici já se observavam outras regalias: o ministro do Exército, cuja pasta ficava em Brasília, tinha uma casa de veraneio na serra fluminense, com direito a mordomo. Os generais de exército (quatro estrelas) possuíam dois carros, três empregados e casa decorada; os generais de brigada (duas estrelas) que iam para Brasília contavam com US$ 27 mil para comprar mobília. Cabos e sargentos prestavam serviços domésticos às autoridades, e o Planalto também pagou transporte e hospedagem a aspirantes para um churrasco na capital federal.

6 - Delfim e a Camargo Corrêa


Leticia Moreira/Folha Imagem
Delfim Netto


Delfim Netto – ministro da Fazenda durante os governos Costa e Silva (1967-1969) e Médici, embaixador brasileiro na França no governo Geisel e ministro da Agricultura (depois Planejamento) no governo Figueiredo – sofreu algumas acusações de corrupção. Na primeira delas, em 1974, foi acusado pelo próprio Figueiredo (ainda chefe do SNI), em conversas reservadas com Geisel e Heitor Ferreira. Delfim teria beneficiado a empreiteira Camargo Corrêa a ganhar a concorrência da construção da hidrelétrica de Água Vermelha (MG). Anos depois, como embaixador, foi acusado pelo francês Jacques de la Broissia de ter prejudicado seu banco, o Crédit Commercial de France, que teria se recusado a fornecer US$ 60 milhões para a construção da usina hidrelétrica de Tucuruí, obra também executada pela Camargo Corrêa. Em citação reproduzida pela "Folha de S.Paulo" em 2006, Delfim falou sobre as denúncias, que foram publicadas nos livros de Elio Gaspari: "Ele [Gaspari] retrata o conjunto de intrigas armado dentro do staff de Geisel pelo temor que o general tinha de que eu fosse eleito governador de São Paulo", afirmou o ex-ministro.

Outro lado: Em relação às denúncias que envolvem seu nome nesse texto, o ex-ministro Delfim Netto respondeu ao UOL: "Trata-se de velhas intrigas que sempre foram esclarecidas. Nunca tive participação nos eventos relatados".

7 - As comissões da General Electric
Durante um processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em 1976, o presidente da General Electric no Brasil, Gerald Thomas Smilley, admitiu que a empresa pagou comissão a alguns funcionários no país para vender locomotivas à estatal Rede Ferroviária Federal, segundo noticiou a "Folha de S.Paulo" na época. Em 1969, a Junta Militar que sucedeu Costa e Silva e precedeu Médici havia aprovado um decreto-lei que destinava "fundos especiais" para a compra de 180 locomotivas da GE. Na época, um dos diretores da empresa no Brasil na época era Alcio Costa e Silva, irmão do ex-presidente, morto naquele mesmo ano de 1969. Na investigação de 1976, o Cade apurava a formação de um cartel de multinacionais no Brasil e o pagamento de subornos e comissões a autoridades para a obtenção de contratos.

8 - Newton Cruz, caso Capemi e o dossiê Baumgarten



Paula Giolito /Folhapress
Newton Cruz


O jornalista Alexandre von Baumgarten, colaborador do SNI, foi assassinado em 1982, pouco depois de publicar um dossiê acusando o general Newton Cruz de planejar sua morte – segundo o ex-delegado do Dops Cláudio Guerra, em declaração de 2012, a ordem partiu do próprio SNI. A morte do jornalista teria ligação com seu conhecimento sobre as denúncias envolvendo Cruz e outros agentes do Serviço no escândalo da Agropecuária Capemi, empresa dirigida por militares, contratada para comercializar a madeira da região do futuro lago de Tucuruí. Pelo menos US$ 10 milhões teriam sido desviados para beneficiar agentes do SNI no início da década de 1980. O general foi inocentado pela morte do jornalista.

9 - Caso Coroa-Brastel

Delfim Netto sofreria uma terceira acusação direta de corrupção, dessa vez como ministro do Planejamento, ao lado de Ernane Galvêas, ministro da Fazenda, durante o governo Figueiredo. Segundo a acusação apresentada em 1985 pelo procurador-geral da República José Paulo Sepúlveda Pertence, os dois teriam desviado irregularmente recursos públicos por meio de um empréstimo da Caixa Econômica Federal ao empresário Assis Paim, dono do grupo Coroa-Brastel, em 1981. Galvêas foi absolvido em 1994, e a acusação contra Delfim – que disse na época que a denúncia era de "iniciativa política" – não chegou a ser examinada.

10 - Grupo Delfin

Denúncia feita pela "Folha de S.Paulo" de dezembro de 1982 apontou que o Grupo Delfin, empresa privada de crédito imobiliário, foi beneficiado pelo governo por meio do Banco Nacional da Habitação ao obter Cr$ 70 bilhões para abater parte dos Cr$ 82 bilhões devidos ao banco. Segundo a reportagem, o valor total dos terrenos usados para a quitação era de apenas Cr$ 9 bilhões. Assustados com a notícia, clientes do grupo retiraram seus fundos, o que levou a empresa à falência pouco depois. A denúncia envolveu os nomes dos ministros Mário Andreazza (Interior), Delfim Netto (Planejamento) e Ernane Galvêas (Fazenda), que chegaram a ser acusados judicialmente por causa do acordo.

Você sabia que a ponte Rio-Niterói e a PM são heranças da ditadura?

A ditadura militar brasileira (1964-1985) deixou várias heranças no cotidiano que vão de grandes obras faraônicas, que faziam parte do ideário desenvolvimentista da época, a práticas e instituições que permanecem até hoje, como a Polícia Militar.
Veja abaixo algumas destas heranças:

Polícia Militar

Reinaldo Canato/UOL
Durante a ditadura militar, as forças públicas foram transformadas em polícias militares, que passaram a atuar como unidades auxiliares do Exército. Os regimentos internos das polícias foram totalmente reformulados, com estruturas hierárquicas rígidas e adoção de patentes militares. A doutrina de segurança nacional propagava a ideia de que todo o cidadão era um subversivo em potencial. A Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), batalhão de elite da PM paulista, foi criada no mesmo período.
Nessa época também surgiram os Esquadrões da Morte, formados por policiais que se organizam clandestinamente para matar, principalmente em áreas periféricas. A Constituição de 1988 manteve os regimentos e não promoveu alterações substanciais nas polícias.

Corrupção e falta de transparência

Agência O Globo
Durante a ditadura militar não havia órgãos fiscalizadores do poder público, tampouco qualquer transparência dos gastos governamentais. A imprensa não tinha liberdade para noticiar ou investigar suspeitas de corrupção. Além disso, os governos militares mantinham relações pouco republicanas com empreiteiras, muitos dos quais ajudaram a financiar.
Ao contrário do que se imagina, houve vários casos de corrupção (Caperni, Baum-Garten, Banco Econômico, Lutfalla, Coroa Brastel) durante a ditadura, muitos deles relacionados a obras de grande porte, como a hidrelétrica de Tucuruí, a Transamazônica e a ponte Rio-Niterói. Mas as investigações pouco avançaram e não resultaram em condenações.

Crescimento da dívida e da inflação

A dívida pública, que consome anualmente cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, cresceu consideravelmente durante o governo militar. Para sustentar o chamado milagre econômico e as grandes obras, os militares contraíram empréstimos que aumentaram a dívida do país. Quando os militares deram o golpe, a dívida pública era irrisória. Em 1984, somava 53,8% do PIB. No mesmo período, a inflação subiu de 100% para 200% ao ano.

Educação ideológica

Wilson Dias/ABr
Os governos militares promoveram uma série de mudanças no currículo das escolas para exaltar o nacionalismo e impedir que fossem ministrados conteúdos que não estivessem de acordo com os princípios ideológicos do regime ditatorial. O PNA (Plano Nacional de Alfabetização) foi extinto após o golpe. Professores e estudantes considerados subversivos foram afastados e perseguidos de escolas e universidades.
Além disso, duas reformas educações feitas pelos militares incluíram disciplinas como Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica, que persistiram por muitos anos mesmo após o fim da ditadura. Houve também uma crescente privatização do ensino, acompanhada do sucateamento das escolas públicas.

Aumento da desigualdade

Tuca Vieira/Folhapress
O regime militar aprofundou a desigualdade no Brasil. A distribuição de renda entre os estratos sociais ficou mais polarizada durante o regime: os 10% dos mais ricos que tinham 38% da renda em 1960 e chegaram a 51% da renda em 1980. Já os mais pobres, que tinham 17% da renda nacional em 1960, decaíram para 12% duas décadas depois.
A consolidação do Nordeste como região mais pobre do país teve grande participação do governo do militares. Entre 1970 e 1990, o número de pobres no Nordeste aumentou de 19,4 milhões para 23,7 milhões, e sua participação no total de pobres do país subiu de 43% para 53%.

OBRAS PÚBLICAS

Ponte Rio-Niterói

Folhapress
A ponte Rio-Niterói foi construída entre 1969 e 74, nos governos de Costa e Silva (que deu o nome à ponte) e Médici. Com 13,3 km, foi considerada, na época, a segunda maior ponte do mundo. Atualmente, cerca de 150 mil veículos trafegam todos os dias no local.

Hidrelétricas (Itaipu e Tucuruí)

Divulgação
A usina hidrelétrica de Itaipu
Durante a ditadura militar, três grandes hidrelétricas foram construídas: a de Itaipu, no Paraná; a de Tucuruí, no Pará; e a de Balbina, no Amazonas. Construída entre 1975 e 82 por meio de uma parceria entre Brasil e Paraguai, Itaipu foi a maior hidrelétrica do mundo até 2006, quando foi inaugurada a barragem das Três Gargantes, na China. Já a hidrelétrica de Tucuruí, construída entre 1976 e 84, ainda é a maior usina inteiramente brasileira.

Angras 1, 2 e 3

Luciana Whitaker/Folhapress
Além das hidrelétricas, os governos militares deram início às construções das usinas nucleares de Angra 1, 2, e 3. As duas primeiras, no entanto, foram inauguradas após o fim da ditadura. A unidade três ainda está sendo construída.

Transamazônica

memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/Arquivo Nacional
Foi projetada durante o governo de Emílio Garrastazu Médici com a justificativa de atrair o interesse na região Norte, mas tornou-se o maior exemplo de fracasso das obras faraônicas da ditadura. A intenção era ligar o litoral da Paraíba até o Amazonas, num total de 4.200 km. A obra até hoje está inconclusa e não é pavimentada em quase sua totalidade.


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Fontes: https://www.significados.com.br/sufragio/
http://inacreditavel.com.br/wp/a-verdade-sobre-o-31-de-marco-de-1964/
http://www.forte.jor.br/2014/03/28/os-militares-nunca-foram-intrusos-na-historia-brasileira/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dante_de_Oliveira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Abertura_pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diretas_J%C3%A1
http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,inflacao-um-problema-que-nao-pode-ser-esquecido,83215e
https://www.todamateria.com.br/milagre-economico/
http://g1.globo.com/economia/inflacao-como-os-governos-controlam/platb/
https://www.estudopratico.com.br/conheca-alguns-dos-maiores-escandalos-de-corrupcao-no-brasil/
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ate-a-ditadura-buscou-a-forca-do-voto,631779
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/04/01/conheca-dez-historias-de-corrupcao-durante-a-ditadura-militar.htm

Conheça todos os ex-presidentes do Brasil

País já teve 35 presidentes: 23 eleitos diretamente e 13 escolhidos de forma indireta

  • Vivian Faria, especial para a Gazeta do Povo
  •  

República federativa presidencialista desde 1989 (exceto pelo período de 2 de setembro de 1961 e 6 de janeiro de 1963, quando foi um parlamentarismo republicano), o Brasil já teve 35 presidentes e duas "juntas governativas". Ao todo foram 23 presidentes eleitos diretamente e 13 escolhidos de forma indireta (Getúlio Vargas está em ambas as contagens). Conheça a seguir aqueles que estiveram no comando do país.
Deodoro da Fonseca (5 de agosto de 1827 — Barra Mansa, 23 de agosto de 1892)- Nome Completo: Manoel Deodoro da Fonseca- Naturalidade: Vila Madalena [Marechal Deodoro] (AL)- Formação: Militar- Período de governo: 15 de novembro de 1889 a 23 de novembro 1891- Quando a República foi proclamada, Deodoro da Fonseca era comandante das armas da província do Mato Grosso, mas deixou o cargo imediatamente para assumir a chefia do governo provisório. Três meses mais tarde foi confirmado como presidente por meio de eleições indiretas, mas acabou renunciando em 1891. Ainda durante o Império foi primeiro presidente do Clube Militar, comandando os setores antiescravistas do Exército e assumiu diversos cargos. Participou da Guerra do Paraguai.
Floriano Peixoto (30 de abril de 1839 – 29 de junho de 1895)- Nome Completo: Floriano Vieira Peixoto- Naturalidade: Maceió (AL)- Formação: Engenharia/Militar- Período de governo: 23 de novembro de 1891 a 15 de novembro de 1894- Quando assumiu participou do processo de instauração da República, Floriano Peixoto já havia participado da Guerra do Paraguai e sido presidência da província de Mato Grosso. Em fevereiro de 1891 tornou-se vice-presidente de Deodoro da Fonseca. Em novembro daquele ano, o presidente renunciou e Floriano Peixoto assumiu seu lugar, enfrentando rebeliões e promovendo reformas para adaptar o país ao novo tipo de governo.
Prudente de Moraes (4 de outubro de 1941 – 3 de dezembro de 1902)- Nome Completo: Prudente José de Morais e Barros- Naturalidade: Itu (SP)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1894 a 15 de novembro de 1898- Formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, exerceu diversos cargos públicos durante o Império, como vereador de Piracicaba e deputado provincial em São Paulo. Após a proclamação da República passou a governar o estado de São Paulo, sendo, mais tarde, senador. Em 1891 disputou a presidência com Deodoro da Fonseca, mas perdeu a eleição indireta por uma pequena margem de votos. Em 1894, por meio de eleições diretas, foi escolhido como presidente da república.
Campos Salles (15 de fevereiro de 1845 — 28 de junho de 1913)- Nome Completo: Manoel Ferraz de Campos Salles- Naturalidade: Campinas (SP)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1898 a 15 de novembro de 1902- Antes de ser eleito presidente, Campos Salles foi presidente de São Paulo, senador e ministro da Justiça na República. Residiu na Europa entre 1892 e 1893, mas manteve-se ligado ao país como colaborador do Correio Paulistano. Durante o Império, foi deputado provinciano, vereador de Campinas e deputado federal. Em 1889, foi presidente da comissão central do Partido Republicano de São Paulo.
Rodrigues Alves (7 de julho de 1848 – 15 de janeiro de 1919)- Nome Completo: Francisco de Paula Rodrigues Alves- Naturalidade: Guaratinguetá (SP)- Formação: Letras- Período de governo: 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro 1906- Formou-se bacharel em Letras pela Faculdade de Direito de São Paulo, mas atuou como promotor e juiz em Guaratinguetá. Antes da Proclamação da República foi deputado provincial, deputado geral e presidente da província de São Paulo, além de conselheiro do Império. Na República foi deputado constituinte e ministro da Fazenda nos governos de Floriano Peixoto e Prudente de Moraes. Foi eleito presidente pela segunda vez em 1918, mas não assumiu porque contraiu gripe espanhola e faleceu no ano seguinte.
Affonso Pena (30 de novembro de 1847 – 14 de junho de 1909)- Nome Completo: Affonso Augusto Moreira Penna- Naturalidade: Santa Bárbara (MG)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1906 a 14 de junho de 1909- Foi vice de Rodrigues Alves em seu primeiro mandato, substituindo Francisco Silviano de Almeida Brandão, que faleceu antes de ser empossado. Na eleição seguinte, foi escolhido para assumir a presidência da república, falecendo antes de concluir seu mandato. Durante o Império, já estava envolvido com política e, em 1888, integrou a comissão de organização do Código Civil brasileiro. Na República foi governador do estado de Minas e senador. Fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais e presidiu o Banco da República do Brasil.
Nilo Peçanha (2 de outubro de 1867 – 31 de março de 1924)- Nome Completo: Nilo Procópio Peçanha- Naturalidade: Campos (RJ)- Formação: Direito- Período de governo: 14 de junho de 1909 a 15 de novembro de 1910- Vice de Affonso Pena, Nilo Peçanha assumiu a presidência com o falecimento do então presidente. Depois disso foi senador, presidente do Rio de Janeiro – cargo que já havia exercido – e ministro das Relações Exteriores. Concorreu à presidência novamente em 1921, mas foi vencido por Arthur Bernardes. Antes de ser presidente, formou-se bacharel pela Faculdade de Direito de Recife, foi deputado constituinte, deputado federal , senador e presidente do Rio de Janeiro.
Hermes Fonseca (12 de maio de 1855 – 9 de setembro de 1923)- Nome Completo: Hermes Rodrigues da Fonseca (Marechal)- Naturalidade: São Gabriel (RS)- Formação: Militar- Período de governo: 15.11.1914 a 15.11.1918- Sobrinho do primeiro presidente do país, Deodoro da Fonseca, o Marechal Hermes da Fonseca formou-se bacharel em Ciências e Letras aos 16 anos e logo em seguida ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro. Foi ministro da Guerra do governo de Affonso Pena e, no ano em que ajudou a fundar o Partido Republicano Conservador, assumiu a presidência da república. Após o assassinato de Pinheiro Machado, dirigente do partido que ajudou a fundar, deixou o país para morar na Europa. Voltou ao Brasil em 1920 e faleceu em 1923.
Wenceslau Braz (26 de fevereiro de 1868 – 15 de maio de 1966)- Nome Completo: Wenceslau Braz Pereira Gomes- Naturalidade: São Caetano da Vargem Grande [Brasópolis] (MG)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1914 a 15 de novembro de 1918- Começou sua vida política em Monte Santo, de onde foi prefeito depois de atuar como promotor público. Foi deputado estadual, secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, deputado federal e presidente de Minas. Foi vice de Hermes da Fonseca e, mais tarde, foi eleito presidente. Depois de seu governo, foi presidente da Companhia Industrial Força e Luz de Itajubá; da Fábrica de Tecidos Codorna; do Banco de Itajubá (MG).
Delfim Moreira (7 de novembro de 1868 – 1º de julho de 1920)- Nome Completo: Delfim Moreira da Costa Ribeiro- Naturalidade: Cristina (MG)- Formação:- Período de governo: 15.11.1918 a 28.07.1919- Vice de Rodrigues Alves, que faleceu antes de tomar posse naquele que seria seu segundo mandato, Delfim Moreira governou provisoriamente, já que a Constituição previa que fossem realizadas novas eleições caso o presidente eleito fosse impedido de governar antes de completar dois anos de mandato. Graduado pela Faculdade de Direito de São Paulo, foi juiz municipal em Santa Rita do Sapucaí e tornou-se vereador e presidente da Câmara Municipal. Foi presidente de Minas Gerais, senador e deputado federal.
Epitácio Pessoa (23 de maio de 1865 – 13 de fevereiro de 1942)- Nome Completo: Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa- Naturalidade: Umbuzeiro (PB)- Formação:- Período de governo: 28 de julho de 1919 a 15 de novembro de 1922- Formado pela Faculdade de Direito de Recife, Pessoa foi promotor público em Bom Jardim e Cabo (ambas em Pernambuco). Foi secretário-geral do estado da Paraíba, deputado constituinte, deputado federal, ministro da Justiça e Negócio Interiores e do Supremo Tribunal Federal. Antes de ser eleito presidente, presidiu a delegação brasileira à Conferência da Paz, em Versalhes. Depois de ser presidente, foi senador e membro da Corte Permanente de Justiça Internacional de Haia, além de participar de outras organizações – nacionais e internacionais – de direito.
Arthur Bernardes (8 de agosto de 1875 – 23 de março de 1955)- Nome Completo: Arthur da Silva Bernardes- Naturalidade: Viçosa (MG)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1922 a 15 de novembro de 1926- Começou sua carreira política em sua cidade natal, como vereador e prefeito. Exerceu também os cargos de deputado estadual, secretário das finanças de Minas Gerais e presidente do estado. No início de sua vida política era também colaborador e diretor do jornal A Cidade de Viçosa. Articulou a Revolução de 1930 em Minas Gerais e tornou-se um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932, sendo preso e indo para o exílio. Na sua volta, elege-se deputado estadual, passando a deputado constituinte e federal. Depois de ser confinado em sua fazenda durante o Estado Novo, voltou à vida política, atuando em diversos cargos até sua morte.
Washington Luís (20 de outubro de 1869 – 4 de agosto de 1957)- Nome Completo: Washington Luís Pereira de Sousa- Naturalidade: Macaé (RJ)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de novembro de 1926 a 24 de outubro de 1930- Iniciou sua carreira política como vereador de Batatais (SP), onde foi presidente da Câmara Municipal. Ali também foi prefeito e, mais tarde, tornou-se deputado estadual, secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, prefeito de São Paulo e presidente do Estado de São Paulo. Deposto da presidência pela Revolução de 1930, foi exilado na Europa e nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil em 1947 e passou a se dedicar a estudos históricos. Foi membro benemérito da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, presidente honorário da Cruz Vermelha Brasileira e integrante da Academia Paulista de Letras.
Junta Governativa Provisória de 1930
Getúlio Vargas (19 de abril de 1882 – 24 de agosto de 1954)- Nome Completo: Getúlio Dornelles Vargas- Naturalidade: São Borja (RS)- Formação: Direito- Período de governo: 1º mandato: 03 de novembro de 1930 a 10 de novembro de 1937 / 2º mandato: 10 de novembro de 1937 a 29.10.1945 + 31.01.1951 a 24.08.1954- A vida política do gaúcho Getúlio Vargas começou como deputado estadual do Rio Grande do Sul, em 1909. Depois disso foi deputado federal, ministro da Fazenda e presidente do Rio Grande do Sul. Concorreu à presidência com João Pessoa como vice, mas foi derrotado por Júlio Prestes e começou a articular o movimento que culminaria na Revolução de 1930.Após a revolução foi levado à presidência de maneira indireta, cargo do qual foi destituído apenas em 1945. Depois disso foi eleito senador pelo PSD e, em 1950, participou das eleições presidenciais pelo PTB, voltando ao cargo por eleições diretas. Suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
José Linhares (28 de janeiro de 1886 —26 de janeiro de 1957)- Nome Completo: José Linhares- Naturalidade: Guaramiranga [Baturité] (CE)- Formação: Direito- Período de governo: 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946- Presidente interino logo após a deposição de Getúlio Vargas, Linhares trabalhou para a redemocratização do país. O cargo lhe foi atribuído porque ele era presidente do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Quando deixou a presidência, voltou ao STF. Antes de ser ministro do STF foi desembargador e juiz.
Eurico Gaspar Dutra (18 de maio de 1883 – 11 de junho de 1974)- Nome Completo: Eurico Gaspar Dutra- Naturalidade: Cuiabá (MT)- Formação: Militar- Período de governo: 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951- Iniciou sua vida militar na Escola Preparatória e de Tática do Rio Grande do Sul. Atuou na repressão à revolução paulista de 1924 e à Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1932. Entre 1936 e 1945 foi ministro da Guerra, procurando modernizar o Exército. Aprovou o Estatuto dos Militares, a nova Lei do Serviço Militar, a Lei de Organização do Exército e a Lei do Ensino Militar. Presidente entre 1946 e 1951, tentou voltar ao cargo em 1965, mas retirou-se da disputa, porque Castelo Branco tinha o apoio dos militares. Depois disso afastou-se da vida pública e faleceu em 1974, no Rio de Janeiro.
Café Filho (3 de fevereiro de 1899 — 20 de fevereiro de 1970)- Nome Completo: João Fernandes Campos Café Filho- Naturalidade: Natal (RN)- Formação: Direito- Período de governo: 24 de agosto de 1954 a 11 de novembro de 1955- Vice de Getúlio Vargas, Café Filho assumiu a presidência após o suicídio do então presidente. Pouco tempo depois, afastou-se do cargo devido a problemas no coração. Tentou voltar a ele quando melhorou, mas seu afastamento já havia sido aprovado pelo Congresso e confirmado pelo Senado. Depois disso foi ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara.Antes de assumir como vice de Vargas, foi deputado federal. Fundou o Jornal do Norte, foi editor de O Correio de Bezerros e diretor do jornal A Noite, no qual publicou artigos pedindo a soldados que não combatessem a Coluna Prestes. Por isso, condenado a três meses de prisão. Além disso, Café Filho foi goleiro do Alecrim Futebol Clube, de Natal.
Carlos Luz (4 de agosto de 1894 —9 de fevereiro de 1961)- Nome Completo: Carlos Coimbra da Luz- Naturalidade: Três Corações (MG)- Formação: Direito- Período de governo: 08 de novembro de 1955 a 11 de novembro de 1955- Como presidente da Câmara dos Deputados, assumiu como presidente no lugar do vice, Café Filho, que havia se afastado por problemas de saúde. Contudo, foi deposto três dias depois sob alegação de que estaria ligado a conspiradores que queriam impedir a posse do presidente eleito, Juscelino Kubistchek. Foi então substituído pelo presidente do Senado, Nereu Ramos.Começou sua carreira política como vereador de Leopoldina (MG). Também assumiu secretarias de estado e foi deputado federal, além de ter sido ministro de Justiça e Negócio Interiores. Antes disso, foi professor, delegado de polícia, promotor, redator e diretor da Gazeta de Leopoldina.
Nereu Ramos (3 de setembro de 1888 – 16 de junho de 1958)- Nome Completo: Nereu de Oliveira Ramos- Naturalidade: Lages (SC)- Formação: Direito- Período de governo: 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956- O catarinense Nereu Ramos assumiu diversos cargos políticos durante a vida, inclusive o de senador constituinte, que rendeu a ele o cargo de vice-presidente da República e presidente do Senado, após o fim dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. Após seu breve mandato como presidente, voltou a atuar como deputado e senador. Também foi Ministro da Justiça e Negócios Interiores.Além disso, Ramos foi redator-chefe de "O Dia", órgão do PRC catarinenese, e fundador dos jornais "A Noite" e "A República". Formado em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, também participou da fundação da Faculdade de Direito de Santa Catarina, onde deu aulas de Direito Constitucional e Teoria do Estado.
Juscelino Kubitschek (12 de setembro de 1902 – 22 de agosto de 1976)- Nome Completo: Juscelino Kubitschek de Oliveira- Naturalidade: Diamantina (MG)- Formação: Medicina- Período de governo: 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961- Começou sua vida política como chefe do Gabinete Civil do estado de Minas Gerais. Logo depois, filiou-se ao PP e foi eleito deputado federal. Depois disso foi prefeito de Belo Horizonte, deputado federal e governador de Minas. Participou da criação do PSD.Após seu mandato como presidente, elegeu-se senador, mas teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos após o golpe de 1964. Foi exilado, retornou ao Brasil em 1967 e abandonou a vida política em 1967, passando a se dedicar à sua fazenda em Goiás. Em 1974, entrou para a Academia Mineira de Letras. Faleceu em 1976, em um acidente de carro.
Jânio Quadros (25 de janeiro de 1917 – 16 de fevereiro de 1992)- Nome Completo: Jânio da Silva Quadros- Naturalidade: Campo Grande (MS)- Formação: Direito- Período de governo: 31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto de 1961- Antes de ser eleito presidente e se tornar o primeiro chefe de estado a tomar posse em Brasília, Jânio Quadros foi vereador e prefeito da cidade de São Paulo, além de deputado estadual e governador pelo estado de São Paulo. Foi também deputado federal do Paraná, mas não chegou a participar das sessões no Congresso, porque foi para o exterior. Passou por partidos como PDC, PSB e PTB.Nascido no Mato Grosso do Sul, Jânio passou parte da infância em Curitiba, tendo estudado no Grupo Escolar Conselheiro Ezequiel da Silva Romero Bastos (hoje Colégio Estadual Conselheiro Zacarias) e no Colégio Estadual do Paraná. Mais tarde foi para São Paulo, onde formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e iniciou sua carreira política.
Ranieri Mazzilli (27 de abril de 1910 – 21 de abril de 1975)- Nome Completo: Pascoal Ranieri Mazzilli- Naturalidade: Caconde (SP)- Formação: Direito- Período de governo: 1º mandato: 25 de agosto de 1961 a 8 de setembro de 1961 / 2º mandato: 2 de abril de 1964 a 15 de abril de 1964Presidente interino por duas vezes (a primeira após a renúncia de Jânio Quadros e a segunda logo após o golpe de 1964), Mazzilli era bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Niterói. Antes disso, foi coletor fiscal, professor de economia na Escola de Comércio de Sorocaba, diretor da Casa da Moeda e jornalista especializado em temas fiscais.Depois de formado, foi diretor do Tesouro Público Nacional e assumiu diversos cargos administrativo-financeiros. Em 1951 assumiu como deputado federal de São Paulo e foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, o que o levou a assumir a Presidência da República. A partir de 1966 passou a se dedicar principalmente à plantação de café, abandonando a vida política.
João Goulart (1º de março de 1919 – 6 de dezembro de 1976)- Nome Completo: João Berlchior Marques Goulart- Naturalidade: São Borja (RS)- Formação: Direito- Período de governo: 8 de setembro de 1961 a 24 de janeiro de 1963- Campeão gaúcho juvenil pelo Internacional, João Goulart formou-se pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Porto Alegre e foi sócio do jornal "Uruguai". Iniciou sua carreira política no PTB e foi coordenador da campanha presidencial de Getúlio Vargas, deputado estadual e deputado federal.Antes de ser vice da chapa de Jânio Quadros, foi vice de Juscelino Kubitschek e ministro do Trabalho, Indústria e Comércio no governo Getúlio Vargas. Após a renúncia de Jânio Quadros, Jango, como era conhecido, foi empossado apenas quando o Congresso aprovou a emenda que instaurou o regime parlamentarista de governo. O plebiscito de 1963 decidiu pelo retorno do regime presidencialista, reinstaurando os poderes de Jango, porém, pouco tempo depois, o político foi deposto pelo golpe militar e teve que se exilar no Uruguai, onde faleceu, em 1976.
Humberto Castelo Branco (20 de setembro de 1897 – 18 de julho de 1967)- Nome Completo: Humberto de Alencar Castelo Branco- Naturalidade: Messejana [Fortaleza] (CE)- Formação: Militar- Período de governo: 15 de abril de 1964 a 15 de março de 1967- Primeiro presidente do período de ditadura militar, Castelo Branco foi também um dos principais articuladores que levou ao golpe de 1964. Frequentou o Colégio Militar de Porto Alegre, tendo alterado seu ano de nascimento para 1900 para conseguir gratuidade na escola. Passou por diversas escolas militares, tendo se formado em primeiro lugar no Curso de Estado-Maior do Exército.Combateu a Coluna Prestes em 1925 e, depois de passar por diversos cargos militares, foi designado chefe do Estado-Maior do Exército, cargo que exerceu entre 1963 e 1964. Faleceu apenas quatro meses após deixar a presidência, em um acidente aéreo. Sua mãe, Antonieta Alencar, fazia parte da família do escrito José de Alencar.
Artur da Costa e Silva (3 de outubro de 1902 a 17 de dezembro de 1969)- Nome Completo: Artur da Costa e Silva- Naturalidade: Taquari (RS)- Formação: Militar- Período de governo: 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969- Um dos principais articuladores do golpe de 1964, Costa e Silva deixou o cargo de Ministro da Guerra, que exercia durante o governo Castelo Branco, para se candidatar à presidência pela Arena. Com dois anos de mandato, teve que se afastar do cargo devido a uma trombose cerebral e acabou falecendo três meses depois.Iniciou sua carreira militar no Colégio Militar de Porto Alegre, assim como muitos de seus colegas. Participou do movimento tenentista, da Revolta de 5 de julho – pelo qual foi preso e anistiado -, e da Revolução de 1930. Lutou contra a revolução constitucionalista de São Paulo. Antes de se envolver no movimento que levou ao golpe, passou por diversos cargos militares, como o de chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército, no Rio de Janeiro.
Junta Governativa ProvisóriaEmílio Garrastazu Médici (4 de dezembro de 1905 – 9 de outubro de 1985)- Nome Completo: Emílio Garrastazu Médici- Naturalidade: Bagé (RS)- Formação: Militar- Período de governo: 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974- Presidente dos Anos de Chumbo e do Milagre Brasileiro, Médici foi indicado como candidato à presidência pelo Alto Comando do Exército, logo após o afastamento de Costa e Silva. Antes disso, foi comandante do III Exército, chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) e delegado brasileiro na Junta Interamericana de Defesa Brasil-Estados Unidos.Começou sua carreira militar no Colégio Militar de Porto Alegre, passando também pela Escola Militar do Realengo e pela Escola de Armas (atual Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais). Exerceu diversos cargos de chefia e comando dentro do Exército, inclusive o de Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
Ernesto Geisel (3 de agosto de 1908 – 12 de setembro de 1996)- Nome Completo: Ernesto Beckmann Geisel- Naturalidade: Bento Gonçalves (RS)- Formação: Militar- Período de governo: 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979Iniciou sua carreira militar no Colégio Militar de Porto Alegre e, antes de participar do movimento político-militar que deu origem ao golpe de 1964, exerceu diversos cargos políticos e militares, como o de secretário estadual de Fazenda e Obras Públicas da Paraíba, na década de 30, e o de comandante do Regimento da Escola de Artilharia, em 1955.Após o golpe, foi nomeado chefe do Gabinete Militar do presidente Castelo Branco e, mais tarde, foi ministro do Supremo Tribunal Militar e presidente da Petrobras. Depois de ser presidente, Geisel foi presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico, e manteve influência sobre o Exército e, com isso, ao apoiar o candidato oposicionista Tancredo Neves nas eleições indiretas de 1985, conseguiu diminuir a resistência dos militares a ele.
João Batista Figueiredo (15 de janeiro de 1918 – 24 de dezembro de 1999)- Nome Completo: João Baptista de Oliveira Figueiredo- Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)- Formação: Militar- Período de governo: 15 de março de 1979 a 15 de março de 1985- Último presidente da ditadura militar, Figueiredo iniciou sua carreira militar aos 11 anos, quando obteve o primeiro lugar no concurso de ingresso para o Colégio Militar de Porto Alegre. Passou por diversas escolas militares, tanto como aluno quanto como instrutor, até cursar a Escola Superior de Guerra, em 1960.Durante o governo de Jânio Quadros, foi chefe do Serviço Federal de Informações. Participou do movimento político-militar que originou o golpe de 1964 e, com o início da ditadura, foi nomeado chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI). Antes de assumir a presidência, comandou o Estado-Maior do III Exército, chefe do Gabinete Militar no governo Médici e ministro-chefe do SNI no governo Geisel.
José Sarney (24 de abril de 1930)- Nome Completo: José Sarney de Araújo Costa- Naturalidade: Pinheiro (MA)- Formação: Direito- Período de governo: 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990- Quando assumiu a presidência no lugar de Tancredo Neves, que faleceu logo após ganhar a última eleição indireta para presidente do país, falecendo antes mesmo de assumir, Sarney já tinha 30 anos de carreira política. Foi suplente de deputado federal, deputado federal e senador. Fez parte do PSD, da UDN, da Arena e foi um dos fundadores do PDS. Ao término de seu mandato presidencial, Sarney foi eleito senador e está no cargo até hoje.Sarney também possui uma carreira como escritor. Seu primeiro livro, "A pesca do curral", foi lançado em 1953, mesmo ano em que ele ingressou na Academia Maranhense de Letras. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980, o ex-presidente lançou 24 livros até hoje.
Fernando Collor, o presidente do impeachment- Nome Completo: Fernando Collor de Mello- Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)- Formação: Ciências Econômicas- Período de governo: 15 de março de 1990 a 02 de outubro de 1992- Antes de se tornar o mais jovem presidente da república, Fernando Collor foi diretor da Gazeta de Alagoas e superintendente da Organização Arnon de Melo, ambas empresas de sua família. Iniciou sua carreira política durante a ditadura, como prefeito de Maceió em 1980. Depois disso, foi deputado federal pelo PDS, governador pelo PMDB e fundou o PRN.Primeiro presidente eleito por voto popular depois de 25 anos de ditadura militar, Collor teve um governo marcado por uma política econômica polêmica e ineficaz, e um escândalo de corrupção que o levou a renunciar ao cargo durante o processo de impeachment.O Senado aprovou a inabilitação política de Collor por oito anos e, em 2000, o ex-presidente tentou concorrer à prefeitura de São Paulo, mas foi impedido pelo TSE. Disputou o governo de Alagoas em 2002, mas perdeu no segundo turno. Em 2006, foi eleito senador por Alagoas.
Itamar Franco (28 de junho de 1930 – 2 de julho de 2011)- Nome Completo: Itamar Augusto Cautiero Franco- Naturalidade: Salvador (BA)- Formação: Engenharia Civil Eletrotécnica- Período de governo: 29 de dezembro de 1992 a 01 de janeiro de 1995- Vice de Collor, Itamar Franco assumiu a presidência, inicialmente, em caráter provisório, quando o então presidente foi afastado pela CPI que investigava as denúncias de corrupção em seu governo. Foi empossado formalmente em 29 de dezembro de 1992, após a renúncia de Collor.Com a ajuda do então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, conseguiu começar a superar os problemas econômicos do país com a implantação do Plano Real, que previa a mudança da moeda, a redução dos gastos públicos, privatizações, etc.Nascido a bordo de um navio que ia de Salvador ao Rio de Janeiro, o engenheiro civil e eletrotécnico Itamar Franco foi prefeito de Juiz de Fora por duas vezes antes de integrar a chapa de Collor na corrida pela presidência. Depois de seu mandato presidencial, foi Embaixador do Brasil em Portugal, na Itália e na Organização dos Estados Americanos, governador de Minas Gerais e senador.
Fernando Henrique Cardoso (18 de junho de 1931)- Nome Completo: Fernando Henrique Cardoso- Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)- Formação: Sociologia- Período de governo: 1° mandato: 01 de janeiro de 1995 a 01 de janeiro de 1999 / 2° mandato: 01 de janeiro de 1999 a 01 de janeiro de 2003O sucesso do Plano Real garantiu ao ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso (FHC) uma vitória fácil nas eleições realizadas em 1994, e seu governo foi voltado para a manutenção da estabilidade econômica. Com isso e com a aprovação da emenda constitucional da reeleição, FHC foi o primeiro presidente pós-ditadura reeleito, ficando no cargo por oito anos.Antes de ser presidente e ministro da Fazenda, FHC foi ministro das Relações Exteriores entre 1992 e 1993, e duas vezes senador. O sociólogo começou sua carreira política como senador suplente pelo MDB. Mais tarde, FHC foi um dos fundadores do PMDB e do PSDB, ao lado de Franco Montoro e Mário Covas.FHC começou a dar aulas na Faculdade de Economia da USP antes mesmo de se formar e chegou a lecionar em universidades do Chile, da Argentina, México, França, entre outras. Atuou no Centro de Sociologia Industrial e do Trabalho e na Comissão Econômica para América Latina, entre outros, e obteve doutoramento honoris causa em mais de 20 universidades.
Luiz Inácio Lula da Silva (27 de outubro de 1945)- Nome Completo: Luiz Inácio Lula da Silva- Naturalidade: Garanhuns (PE)- Formação: Torneiro mecânico- Período de governo: 1° mandato: 01 de janeiro de 2003 a 01 de janeiro de 2007 / 2° mandato: 01 de janeiro de 2007 e 01 de janeiro de 2010Candidato à presidência desde a primeira eleição pós-ditadura, Lula só conseguiu vencer o pleito na primeira eleição dos anos 2000. Antes de tentar ser presidente, contudo, ele Lula já havia sido o deputado federal mais votado do país para a Assembleia Constituinte e participado das "diretas-já", da fundação da CUT e da fundação do PT.Entre 1969 e 1978, Lula foi eleito suplente da diretoria, primeiro-secretário e, por duas vezes, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. À frente do sindicato, liderou duas grandes greves, como não se via há dez anos no país. Percebendo a necessidade de ter políticos representando os interesses dos trabalhadores no Congresso Nacional, decidiu investir numa carreira política.Sétimo filho de uma família de migrantes pernambucanos, Lula completou apenas o ensino fundamental. Ainda assim, recebeu 27 títulos de doutor honoris causa. Conseguiu seu primeiro emprego aos 12 anos, algum tempo antes de ingressos num curso de torneiro mecânico do Senai e tornar-se metalúrgico.

Sete candidatos à Presidência já foram do PT

Não é só a corrida presidencial que os candidatos “mais à esquerda” têm em comum: todos eles, em algum momento, já passaram pelo Partido dos Trabalhadores (PT)
Leia matéria completa:  http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/eleicoes/2014/marina-silva/sete-candidatos-a-presidencia-ja-foram-do-pt-ee8ilg93b4y4ho0s7vc339bv2
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/eleicoes/2014/conheca-todos-os-ex-presidentes-do-brasil-ee8ilgw4w0r9179x154r8s9ji

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