terça-feira, 7 de maio de 2013
Fermi da Nsa vê GRB invulgarmente brilhante
Os
mapas nesta animação mostram como o céu é em raios-gama acima dos 100
milhões electrões-volt, centrados no pólo norte galáctico.
A primeira "frame" mostra o céu durante um intervalo de três horas antes do GRB 130427A. A segunda "frame" mostra um intervalo de três horas que começa 2,5 horas antes da explosão, e terminando 30 minutos após o evento. A equipa do Fermi escolheu este intervalo para demonstrar quão brilhante foi o GRB em relação ao resto do céu em raios-gama. Esta explosão foi tão brilhante que o Fermi autonomamente deixou o seu modo normal de estudo para dar ao instrumento LAT uma melhor visão, por isso a segunda exposição de três horas não cobre todo o céu do mesmo modo.
Crédito: NASA/DOE/Colaboração LAT do Fermi
A primeira "frame" mostra o céu durante um intervalo de três horas antes do GRB 130427A. A segunda "frame" mostra um intervalo de três horas que começa 2,5 horas antes da explosão, e terminando 30 minutos após o evento. A equipa do Fermi escolheu este intervalo para demonstrar quão brilhante foi o GRB em relação ao resto do céu em raios-gama. Esta explosão foi tão brilhante que o Fermi autonomamente deixou o seu modo normal de estudo para dar ao instrumento LAT uma melhor visão, por isso a segunda exposição de três horas não cobre todo o céu do mesmo modo.
Crédito: NASA/DOE/Colaboração LAT do Fermi
Uma explosão
recorde de raios-gama, originária de uma estrela moribunda numa galáxia
distante, impressionou os astrónomos de todo o mundo. A erupção,
classificada como uma explosão de raios-gama, ou GRB (gamma-ray burst),
designada como GRB 130427A, produziu a luz mais energética já detectada a
partir de um evento deste género. "Nós
esperámos muito tempo por uma explosão de raios-gama tão chocante e
brilhante," afirma Julie McEnery, cientista do projecto do Telescópio
Espacial Fermi no Centro Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no
estado americano do Maryland. "O GRB durou tanto tempo que um número
recorde de telescópios no solo foram capazes de o avistar enquanto as
observações espaciais ainda decorriam."
Logo
após as 08:47 (hora de Portugal) de Sábado, 27 de Abril, o GBM
(Gamma-ray Burst Monitor) do Fermi registou uma erupção de raios-gama
altamente energéticos na constelação de Leão. A explosão ocorreu quando o
satélite Swift da NASA alternava entre alvos, o que atrasou a detecção
do seu instrumento de alerta por menos de um minuto. O
LAT (Large Area Telescope) do Fermi registou um raio-gama com uma
energia de pelo menos 94 mil milhões GeV (electrões-volt), cerca de 35
mil milhões de vezes a energia da luz visível, ou aproximadamente três
vezes a energia do detentor anterior do recorde do LAT. A emissão GeV da
explosão durou horas, e permaneceu detectável pelo LAT durante quase
meio dia, estabelecendo um novo recorde para a mais longa emissão de
raios-gama proveniente de um GRB.
A
explosão foi detectada posteriormente em comprimentos de onda ópticos,
infravermelhos e no rádio por observatórios terrestres, com base na
posição rápida e exacta do Swift. Os astrónomos descobriram rapidamente
que o GRB estava localizado a cerca de 3,6 mil milhões de anos-luz, o
que para estes eventos é relativamente perto. As
explosões de raios-gama são as explosões mais luminosas do Universo. Os
astrónomos pensam que ocorrem sobretudo quando estrelas massivas ficam
sem combustível nuclear e colapsam sob o seu próprio peso. À medida que o
núcleo colapsa para formar um buraco negro, jactos de material são
disparados para fora quase à velocidade da luz.
Os
jactos atravessam a estrela colapsante e continuam para o espaço, onde
interagem com gás previamente expelido da estrela e brilham,
desaparecendo depois com o passar do tempo. Se
o GRB estiver perto o suficiente, os astrónomos normalmente descobrem
uma supernova no local cerca de uma semana após a explosão. "Este
GRB está entre os 5% mais próximos, de modo que o grande impulso agora é
encontrar uma supernova emergente, que acompanha quase todos os GRBs a
esta distância," afirma Neil Gehrels, investigador principal do Swift. Os observatórios terrestres estão a estudar o local do GRB 130427A e esperam encontrar uma supernova subjacente a meio do mês.
Fonte: Astronomia On-Line
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