Colocar as pessoas num estado de desorientação, bombardeando-as com informações das mais diversas procedências, sem que elas estejam amparadas numa fonte fidedigna e em elementos comprováveis, submetendo-as a uma verdadeira guerra midiática, provoca a condição tão buscada pelo sistema: medo.
Como cegos perdidos num tiroteio, neste caso, tendemos a nos alinhar com o pai simbólico, a autoridade, o estado, o status quo, a igreja, a ideologia dominante por mais que saibamos que são lobos travestidos de ovelhas, pois nosso psiquismo, nosso emocional foi atacado, bombardeado e conquistado pela emoção que eles querem implantar: medo.
O estado de paranóia, medo, desorientação, angústia favorece ao sistema estabelecido, que busca através disto refundar-se e criar a malfadada nova ordem mundial.
Se é verdade que a consciência tem o poder de criar a realidade, que tipo de realidade cria o estado de medo, sofrimento psíquico, paranóia, angústia?
“O que temes sucede mais depressa do que esperas.” (Publílio Siro)
Cria a doutrina da segurança nacional, base para qualquer ditadura.
E não é verdade que aquele que teme o sofrimento já não sofre por aquilo que teme?
Então qual é a razão de temer?
É a razão dos captores, dos senhores do mundo, para manter-te aferrado, preso, aguilhoado a um estado de consciência que sustenta a realidade imposta.
“Escravo do medo: eis a pior forma de escravidão.” (G. B. Shaw)
Então se buscamos uma nova realidade temos que começar primeiro por estabelecer um estado de consciência sóbrio, equilibrado, esperançoso e construtivo.
Todo aquele que fomenta o medo, a negatividade, a paranóia, o apocalipse no sentido pejorativo ou destrutivo é um agente em potencial da Matrix. Ver a maneira como o sistema age é ir além da Matrix e vencer os seus agentes.
Apocalipse significa isto: revelação. O medo impede que você revele a si mesmo e veja a divindade em si, com todo o seu poder de criar a realidade. A revelação é externa e interna, fora e dentro de si. O medo impede a revelação.
Quem alimenta o medo alimenta a Matrix com sua própria consciência. Despertar é ir além do medo, é encarar a realidade sem medo.
Não devo temer.
O medo é o assassino do Real,
é a pequena-morte que oblitera o Ser.
Eu enfrentarei o meu medo.
Permitirei que ele passe através de mim e quando se for,
eu olharei, com a minha visão interna, o seu rastro.
No espaço vazio que ele deixou, nada existe afinal...
Só eu permaneço!
(Frank Hebert, Duna)
Sinto muito, me perdoa, te amo, sou grato.
Colaboração: Irecê N. Trein
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