A queda
é impressionante. E isso é explicado em parte por razões econômicas e
principalmente pelo reflexo de que nosso mundo enfim está mudando!
A
Monsanto sendo provavelmente uma das multinacionais mais odiadas no planeta, aí
está uma novidade que deveria alegrar alguns: a gigante da biotecnologia
agrícola acaba de anunciar uma queda recorde em seus lucros (25%)!
Uma
informação dramática e inesperada que implica outra novidade bem mais importante
ainda: os agricultores, assim como os consumidores, parecem enfim fugir de tudo
o que está relacionado com OGM (organismos geneticamente modificados),
pesticidas e herbicidas! Detalhes e explicações.
A
empresa anunciou que seu lucro tinha caído em 25% no segundo trimestre de 2015.
Uma queda dramática causada principalmente pela queda na demanda por OGM, mas
também pelo arrefecimento do público para com o famoso Roundup (nome comercial de um herbicida fabricado pela Monsanto
cujo princípio ativo é o glifosato), o principal produto da Monsanto.
Ao explicar
sua má performance, a Monsanto menciona a condição desfavorável para a agricultura.
E não podemos discordar completamente (a subida do dólar e a instabilidade do
mercado, por exemplo, têm sido claramente desfavoráveis). Mas outras razões,
mais profundas do que estas, não podem ser ignoradas:
- A
demanda por alimentos orgânicos é crescente e nada indica uma desaceleração
desta tendência.
- A
empresa está ciente dos estragos dos pesticidas e herbicidas na nossa saúde e no
nosso meio ambiente.
- Cada
vez mais agricultores estão se voltando para sementes não modificadas
geneticamente.
- A
imagem da marca Monsanto está em baixa.
Sinal
concreto desta profunda transformação que parece cada vez mais uma tomada de
consciência: as vendas do herbicida Roundup
encolheram em 34% no quarto trimestre 2015! E, em princípio, elas não estão
perto de uma retomada: na França, este produto será definitivamente banido da
agricultura em 2019.
Assim,
a empresa já redimensiona seu grupo: segundo a Reuters, 2.600 postos serão
eliminados no mundo, ou seja, 16% do total de funcionários.
Então,
realmente, o fim da Monsanto certamente não é para amanhã: mesmo caindo em 25%,
os lucros da multinacional ainda são de bilhões de dólares. Mas a tendência
parece irreversível: estamos menos propensos a querer engolir produtos
geneticamente modificados e/ou pulverizados com produtos químicos como
pesticidas e herbicidas. E isso é uma grande notícia!
Nossos
políticos não querem interditar os produtos suspeitos que encontramos em nossa
alimentação? Não importa! No mundo de hoje, aqueles que fazem a lei somos nós,
os cidadãos/consumidores: paremos de comprar e as empresas irão parar de
produzir!
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