Najeeb
Michaeel é um monge Dominicano que costumava ir à cidade iraquiana de Mosul. Ele
passava seus dias no mosteiro digitalizando manuscritos históricos raros. Em 2014,
quando o grupo do Estado islâmico estava prestes a tomar Mosul, Najeeb sabia
que esses artefatos seriam destruídos se caíssem nas mãos dos jihadistas. Ele contou como conseguiu contrabandear milhares de documentos preciosos para
fora da cidade antes de fugir. Alguns deles foram expostos no Arquivo Nacional
da França, em Paris.
“Salvar
a memória foi um ato da Providência, explicou ele. Não foi programado. Eu
estava em Mosul quando o ISIS avançou sobre a cidade. Eu tinha regressado para
completar a bibliografia de minha tese de doutorado (na Universidade de
Friburgo, na Suíça). Ajudado por dez jovens de nosso Centro Numérico de
Manuscritos Orientais, selecionamos textos e fotos antigas, enrolamos em
papelões e empacotamos em caixas. Havia documentos em dez línguas e sobre vinte
temas diversos. Havia exemplares antigos da Bíblia e do Corão, textos sobre
história, teologia, filosofia, astronomia, astrologia, medicina de plantas,
gramática e dicionários, todos manuscritos. Além desses documentos, também
salvamos as câmaras com que os digitalizamos e os discos rígidos dos
computadores, mas perdemos tudo o que foi deixado em Mosul.”
LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA:
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VEJA,
NESTE VÍDEO, ALGUNS DOS DOCUMENTOS QUE FORAM SALVOS:
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