Pátria Grande (Foto: Telesur) |
POLÍTICA
A Pátria Grande
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande
A construção de uma unidade geopolítica latino-americana – ou ao menos sul-americana – não surge com o PT. É ideia antiga, que, há três décadas, inspirou o Mercosul e alterou, para o mal e para o bem, a diplomacia e o comércio continentais.
O fato de ser desejável e necessária, numa época em que as nações se organizam em blocos, para melhor figurar no cenário geopolítico mundial, não a torna menos complexa. A unidade europeia, ideal antigo de séculos, começou a ser implementada após a Segunda Guerra. Passou por diversos estágios e ainda está em curso, cada etapa sendo publicamente discutida.
Não é fácil unir coisas distintas e assimétricas, respeitando-se os espaços de soberania.
O problema da união latino-americana cogitada pelo PT, e pelas organizações da esquerda continental, reunidas no Foro de São Paulo, é tentar impô-la sem debates e sob o tacão ideológico.
A Pátria Grande terá que ser socialista – ou bolivariana - e seu projeto objetiva, com a urgência possível, unificar forças armadas, moeda e territórios. Nada menos.
Para definir sua institucionalização, criou-se a Unasul, cuja última reunião de cúpula, no Equador, em dezembro, aprovou três propostas complicadíssimas: uma Escola Sul-Americana de Defesa – “um centro articulado de altos estudos para formação de civis e militares” -, abertura do espaço aéreo dentro da Unasul, além de passaporte comum, sem distinguir nacionalidades.
São questões que tangenciam a soberania e pressupõem longas e complexas tratativas, acompanhadas de perto pelas sociedades dos países abrangidos. Nada disso, porém, ocorreu: nem na sociedade, nem no Congresso, nem em parte alguma.
Quem assiste os vídeos do PT tratando do assunto – e há vários na internet (deve ser isso que o partido entende como “debate”), constata que se parte de um pressuposto falso: de que a sociedade brasileira está não só ciente desse projeto, mas de pleno acordo – sobretudo quanto a seu teor ideológico.
Num deles, fala-se de “uma América do Sul vermelha”. Em outro, Lula fala da importância de o Brasil investir na infraestrutura de Cuba, sem explicar o porquê. O debate deu-se sempre intramuros, com a militância do partido e do Foro.
Os reflexos dessa manobra são evidentes. Mudou a diplomacia brasileira, trocando parceiros e prioridades. O Brasil é o único país a dispor de duas chancelarias: a oficial, o Itamaraty; e a real, a cargo do chanceler Marco Aurélio Garcia.
As antigas alianças ocidentais foram trocadas por outras, de teor oposto, que em vez de lucro dão prejuízo. Serve-se ao país a política do fato consumado, na base da terapia do susto.
A figura de Simon Bolívar tem peso simbólico nos países hispano-americanos, como libertador do colonizador europeu, mas nenhum no Brasil, que viveu processo de independência diverso.
Impingi-la como elo comum é uma arbitrariedade. Os nossos “pais fundadores” – e os há – são civis. Os mentores de nossa independência não eram militares, que só passaram a ter presença exponencial na política brasileira a partir da República, por eles proclamada. Nosso Bolívar é José Bonifácio.
O problema, portanto, começa na falsificação dos símbolos. A grande figura militar brasileira, o Duque de Caxias, firmou-se menos como guerreiro e mais como pacificador, arquiteto da unidade nacional, ao longo do Segundo Reinado.
Nem ele, no entanto, desfruta mais desse prestígio, tal a eficácia do processo iconoclasta a que foram submetidas as figuras históricas do país de algumas décadas para cá. Sem heróis, não há nação – e por isso as grandes nações sempre cultivaram os seus.
A Pátria Grande não inova nesse ponto: vê em Bolívar um herói comum, ainda que o perfil histórico que esculpiu esteja bem longe da figura real que ele encarnou. O Brasil, e esse é o absurdo maior, mesmo sem ter nada a ver com Bolívar, cumpre o papel de promover e patrocinar esse projeto, sem que sua população saiba de seus objetivos e, sobretudo, do seu custo.
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande. Ela também é destinatária de parte do saque à Petrobrás e aos fundos de pensão.
O Foro de São Paulo promove a eleição dos bolivarianos e sustenta a construção (que não é barata) dos alicerces dessa “nação comum”. O dinheiro vem daqui. E Joaquim Levy, antípoda ideológico do pessoal do Foro, foi chamado a administrar o troco que restou ao Tesouro Nacional nessa aventura em pleno curso.
Ruy FabianoÉ jornalista
"Eles enganam o meu povo dizendo que tudo vai bem quando nada vai bem. Pretendem esconder as rachaduras na parede com uma mão de cal. . ." (Ezequiel, 13.10).
FRANCISCO: A CRUZ, A FOICE E O MARTELO
por Bruno Braga. Artigo publicado em
Em viagem apostólica pela América Latina, o Papa Francisco visitou o Palácio de Governo de La Paz. Na solenidade realizada na última quinta-feira, 09 de Julho, o Pontífice recebeu das mãos do Presidente da Bolívia - Evo Morales - um crucifixo talhado sobre o símbolo comunista da foice e do martelo.
Não é o caso de especular aqui sobre a reação de Francisco. Não parece sensato reproduzir as explicações e justificativas do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé e da Rádio Vaticano, porque cada palavra dita pelo padre Federico Lombardi deixa escapar pelo canto da boca um insulto ao público: "idiotas"... "idiotas"... [1]
Evo Morales presenteou o Papa com uma reprodução da peça de Luis Espinal Camps - padre jesuíta espanhol que foi assassinado na Bolívia, em 1980. Não é necessário levantar as circunstâncias do crime ou o contexto político da época - nem discutir a pertinência e as razões de Francisco para, antes de ser surpreendido pelo Presidente boliviano, rezar no local onde foi encontrado o cadáver de Espinal [2] - para reconhecer que a peça é uma espécie de atestado: Espinal era, independentemente do grau de comprometimento, um "apóstolo" da Teologia da Libertação - do simulacro de teologia forjado para tomar de assalto a Igreja Católica e instrumentalizá-la em favor da revolução comunista [3].
Não é demais afirmar também que Evo Morales expressa - através do próprio presente - o apreço que tem aos "ideais" da teologia revolucionária, afinal, ele não daria ao Papa algo pelo qual não nutrisse pelo menos alguma admiração e que não o fizesse sentir orgulho de oferecer em presente.
Evo Morales - o governo da Bolívia - fazem parte do Foro de São Paulo. Da organização fundada por Lula e por Fidel Castro, em 1990, para transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista. A Teologia da Libertação - dentro da proposta de revolução cultural, embora muitos de seus "apóstolos" tenham efetivamente pegado em armas - foi um dos ardis mais eficientes no processo de ascensão do ambicioso, e também criminoso, projeto de poder que hoje domina o continente [4].
Em 2014, a Bolívia abrigou o XX Encontro do Foro de São Paulo. Evo Morales - ainda concorrendo à reeleição - participou da abertura oficial do evento, que em seu documento final destacou:
"Declaramos nosso respaldo ao companheiro Evo Morales" [...] "O FSP resgata a contribuição da Bolívia à TEORIA e PRÁTICA REVOLUCIONÁRIA UNIVERSAL a partir do protagonismo dos MOVIMENTOS SOCIAIS na TRANSFORMAÇÃO REVOLUCIONÁRIA e na articulação do SOCIALISMO com o projeto emancipador dos povos indígenas" [5].
Evo Morales presenteou o Papa com uma reprodução da peça de Luis Espinal Camps - padre jesuíta espanhol que foi assassinado na Bolívia, em 1980. Não é necessário levantar as circunstâncias do crime ou o contexto político da época - nem discutir a pertinência e as razões de Francisco para, antes de ser surpreendido pelo Presidente boliviano, rezar no local onde foi encontrado o cadáver de Espinal [2] - para reconhecer que a peça é uma espécie de atestado: Espinal era, independentemente do grau de comprometimento, um "apóstolo" da Teologia da Libertação - do simulacro de teologia forjado para tomar de assalto a Igreja Católica e instrumentalizá-la em favor da revolução comunista [3].
Não é demais afirmar também que Evo Morales expressa - através do próprio presente - o apreço que tem aos "ideais" da teologia revolucionária, afinal, ele não daria ao Papa algo pelo qual não nutrisse pelo menos alguma admiração e que não o fizesse sentir orgulho de oferecer em presente.
Evo Morales - o governo da Bolívia - fazem parte do Foro de São Paulo. Da organização fundada por Lula e por Fidel Castro, em 1990, para transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista. A Teologia da Libertação - dentro da proposta de revolução cultural, embora muitos de seus "apóstolos" tenham efetivamente pegado em armas - foi um dos ardis mais eficientes no processo de ascensão do ambicioso, e também criminoso, projeto de poder que hoje domina o continente [4].
Em 2014, a Bolívia abrigou o XX Encontro do Foro de São Paulo. Evo Morales - ainda concorrendo à reeleição - participou da abertura oficial do evento, que em seu documento final destacou:
"Declaramos nosso respaldo ao companheiro Evo Morales" [...] "O FSP resgata a contribuição da Bolívia à TEORIA e PRÁTICA REVOLUCIONÁRIA UNIVERSAL a partir do protagonismo dos MOVIMENTOS SOCIAIS na TRANSFORMAÇÃO REVOLUCIONÁRIA e na articulação do SOCIALISMO com o projeto emancipador dos povos indígenas" [5].
Logo depois de ser reeleito Presidente da República, Evo Morales participou, ainda em 2014, do Encontro Mundial de Movimentos Populares. Evento organizado pela Santa Sé, e que teve a presença do Papa Francisco. Embora ostentem a insígnia de "movimentos populares", os grupos que foram a Roma são extensões de partidos políticos. São agentes de um projeto de poder - inclusive do Foro de São Paulo. É o caso, por exemplo, da delegação do Brasil, representado pelo MST - com João Pedro Stédile, comandante do "exército" com o qual o ex-Presidente Luiz Inácio recentemente ameaçou o país [6] - pela CUT, pelo Movimento de Mulheres Camponesas / Via Campesina, pelo Levante Popular da Juventude.
Dentro do Vaticano, Evo Morales revelou sem o menor pudor a sua estratégia revolucionária:
"Nossa EXPERIÊNCIA" [...] "revolução DEMOCRÁTICA e CULTURAL" [...] " com TODOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS agora demonstramos que a REVOLUÇÃO não se faz nem com armas e nem com bala, se faz com a CONSCIÊNCIA e com a luta" [...].
Morales não reproduziu apenas a estratégia gramsciana utilizada pelo movimento comunista latino-americano. Pelas lentes da TeleSUR - a emissora de TV venezuelana criada pelo Foro de São Paulo que fazia a cobertura do evento - Morales era o resultado bem sucedido de sua aplicação. Travestido de "líder indígena" - alçado à Presidência da República - discursava com honras e prestígio dentro do Vaticano.
Mas, de volta à visita do Papa à Bolívia, horas depois de ser presenteado com um símbolo comunista que representava a morte de milhares de cristãos, Francisco participou - junto com Evo Morales - do SEGUNDO Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra.
O Presidente boliviano vestia uma jaqueta com a foto de Che Guevara. O ícone da revolução comunista cubana que ordenava o fuzilamento de cristãos e pregava: "Não sou Cristo nem filantropo. Sou totalmente o contrário de um Cristo" [...] "Um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio". Morales saudou o Papa - o "irmão" com o qual diz "coincidir" em "princípios", "valores" e "temas sociais" - e proferiu um discurso para enaltecer os seus feitos e estimular a militância política com a qual esteve em Roma. Esbravejou os velhos chavões contra "império norte-americano", o "neoliberalismo"; denunciou o "colonialismo", defendeu a "libertação política" e "econômica" contra a "dominação imperial"; condenou o "pecado" do "capitalismo" - e disse que se todos os sindicalistas, todos os "movimentos sociais", acompanhados pelos "partidos de esquerda", sejam eles "comunistas", "socialistas" ou "anti-imperialistas", "derrotamos facilmente a direita, os neoliberais, em qualquer país latino-americano". Para fechar, o cocaleiro boliviano disse: "pela primeira vez sinto que tenho um Papa, Papa Francisco" [7].
Dentro do Vaticano, Evo Morales revelou sem o menor pudor a sua estratégia revolucionária:
"Nossa EXPERIÊNCIA" [...] "revolução DEMOCRÁTICA e CULTURAL" [...] " com TODOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS agora demonstramos que a REVOLUÇÃO não se faz nem com armas e nem com bala, se faz com a CONSCIÊNCIA e com a luta" [...].
Morales não reproduziu apenas a estratégia gramsciana utilizada pelo movimento comunista latino-americano. Pelas lentes da TeleSUR - a emissora de TV venezuelana criada pelo Foro de São Paulo que fazia a cobertura do evento - Morales era o resultado bem sucedido de sua aplicação. Travestido de "líder indígena" - alçado à Presidência da República - discursava com honras e prestígio dentro do Vaticano.
Mas, de volta à visita do Papa à Bolívia, horas depois de ser presenteado com um símbolo comunista que representava a morte de milhares de cristãos, Francisco participou - junto com Evo Morales - do SEGUNDO Encontro Mundial de Movimentos Populares, em Santa Cruz de la Sierra.
O Presidente boliviano vestia uma jaqueta com a foto de Che Guevara. O ícone da revolução comunista cubana que ordenava o fuzilamento de cristãos e pregava: "Não sou Cristo nem filantropo. Sou totalmente o contrário de um Cristo" [...] "Um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio". Morales saudou o Papa - o "irmão" com o qual diz "coincidir" em "princípios", "valores" e "temas sociais" - e proferiu um discurso para enaltecer os seus feitos e estimular a militância política com a qual esteve em Roma. Esbravejou os velhos chavões contra "império norte-americano", o "neoliberalismo"; denunciou o "colonialismo", defendeu a "libertação política" e "econômica" contra a "dominação imperial"; condenou o "pecado" do "capitalismo" - e disse que se todos os sindicalistas, todos os "movimentos sociais", acompanhados pelos "partidos de esquerda", sejam eles "comunistas", "socialistas" ou "anti-imperialistas", "derrotamos facilmente a direita, os neoliberais, em qualquer país latino-americano". Para fechar, o cocaleiro boliviano disse: "pela primeira vez sinto que tenho um Papa, Papa Francisco" [7].
Era então a vez do Papa. Os aplausos o interromperam várias vezes. Porém, não pelas alusões à sua fé. Afinal, quem deu ouvidos quando ele alertou que as "mudanças" não se dão por "opção política" ou "estrutura social", e que "é preciso mudar o coração"? Ou quando observou que "o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adoptar posições ideológicas"? A militância - disfarçada de "movimentos populares" - entusiasmou-se com o discurso socio-político, no qual viu - por estarem comprometidos com um projeto de poder - certa correspondência. E aplaudiu as denúncias contra o "sistema", a "economia idólatra", as "instituições financeiras" e "empresas transnacionais", contra as "novas formas de colonialismo" e a "concentração monopolista dos meios de comunicação social" - que impõe o "colonialismo ideológico"; festejou as advertências contra o saque e a devastação da "mãe terra". Os militantes ficaram de pé quando o Papa pediu "perdão" pelos "pecados" que a Igreja Católica cometeu em nome de Deus na "conquista da América". Vibraram quando Francisco proclamou que "a nossa fé é revolucionária", e quando ele repetiu a fraude publicitária dos governos comunistas latino-americanos:
"Os governos da região juntaram seus esforços para fazer respeitar a sua soberania, a de cada país e a da região como um todo que, de forma muito bela como faziam os nossos antepassados, chamam a 'Patria Grande'. Peço-vos, irmãos e irmãs dos movimentos populares, que cuidem e façam crescer esta unidade. É necessário manter a unidade contra toda a tentativa de divisão, para que a região cresça em paz e justiça" [8].
"Os governos da região juntaram seus esforços para fazer respeitar a sua soberania, a de cada país e a da região como um todo que, de forma muito bela como faziam os nossos antepassados, chamam a 'Patria Grande'. Peço-vos, irmãos e irmãs dos movimentos populares, que cuidem e façam crescer esta unidade. É necessário manter a unidade contra toda a tentativa de divisão, para que a região cresça em paz e justiça" [8].
Muito bem. Não se trata de avaliar a fé de Francisco. Não é preciso pensar se ele de fato conhece o cenário político latino-americano - levando-se em conta não apenas a posição de autoridade, mas a origem de um Papa que saiu do "fim do mundo". Não é necessário divagar sobre os seus "planos" e "estratégias" pastorais, ou apontar as possibilidades de ação do Espírito Santo. Fato é que, independentemente de todas essas questões, a Igreja Católica será utilizada - ainda mais - para legitimar as ações e iniciativas de agentes políticos que contrariam integralmente os seus princípios e a sua doutrina, e que têm o objetivo declarado de pervertê-la e subjugá-la a um projeto de poder: os "movimentos populares" comprometidos com a fundação da "Patria Grande" comunista na América Latina. Tudo será utilizado, inclusive as palavras do próprio Papa, que diante de um público de militantes, falou sobre a sua alegria de "ver a Igreja com as portas abertas a todos vós" e convidou "a todos, bispos, sacerdotes e leigos, juntamente com as organizações sociais das periferias urbanas e rurais a aprofundar este encontro" [9]. A situação é delicada, e é preciso sim "vigiar" e não fechar os olhos; mas, sem esquecer - o católico - que este dever é acompanhado do "orar": orar, inclusive, para o Papa.
Originalmente publicado no blog do autor: http://b-braga.blogspot.com.br/2015/07/francisco-cruz-foice-e-o-martelo.html].
REFERÊNCIAS.
[1]. Rádio Vaticano, 09 de Julho de 2015 [http://br.radiovaticana.va/news/2015/07/09/pe_lombardi_explica_origem_de_cruz_entregue_ao_papa_pelo_pr/1157294].
[2]. Vaticano, 08 de Julho de 2015 [http://w2.vatican.va/content/francesco/es/speeches/2015/july/documents/papa-francesco_20150708_bolivia-espinal.html].
[3]. PACEPA, Ion Mihai. "A KGB criou a Teologia da Libertação" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/01/a-kgb-criou-teologia-da-libertacao.html]. Tradução do Capítulo "Liberation Theology" (15), que é parte do livro "Disinformation": former spy chief reveals secret strategis for undermining freedom, attacking religion, and promoting terrorism (WND Books: Washington, 2013); "A Cruzada religiosa do Kremlin". Trad. Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-cruzada-religiosa-do-kremlin.html]; "As raízes secretas da teologia da libertação". Trad. Ricardo R. Hashimoto. Mídia Sem Máscara, 11 de Maio de 2015 [http://www.midiasemmascara.org/artigos/desinformacao/15820-2015-05-11-05-32-01.html]; "Ex-espião da União Soviética: Nós criamos a Teologia da Libertação", ACIDigital, 11 de Maio de 2015 [http://www.acidigital.com/noticias/ex-espiao-da-uniao-sovietica-nos-criamos-a-teologia-da-libertacao-28919/].
[4]. A importância da Teologia da Libertação para a construção do projeto de poder revolucionário latino-americano nas confissões de: [a]. Fernando Lugo - ex-Presidente do Paraguai [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/10/o-engodo-da-libertacao-e-o-poder.html]; e [b]. Lula - ex-Presidente do Brasil [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/07/nao-guerra-nao-acabou.html] (item III). Consultar o material de estudo: [a]. "A hegemonia SOCIALISTA-COMUNISTA: o pacto entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano" (reprodução do artigo de José Carlos Graça Wagner) [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/05/a-hegemonia-socialista-comunista-o.html]; e [b]. "O Eixo do Mal latino-americano e a Nova Ordem Mundial. O pacto entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano" (referente ao livro de Heitor de Paola) [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/05/o-eixo-do-mal-latino-americano-e-nova.html].
[5]. Cf. [http://forodesaopaulo.org/declaracao-final-do-xx-encontro-do-foro-de-sao-paulo/].
[6]. "Lula ameaça com 'exército' do MST" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/02/lula-ameaca-com-exercito-do-mst.html].
[7]. Cf. [https://www.youtube.com/watch?v=PbVuStr4eQk].
[8]. O discurso do Papa Francisco pode ser assistido neste link: [https://www.youtube.com/watch?v=PbVuStr4eQk]. E o texto acessado aqui: [http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/july/documents/papa-francesco_20150709_bolivia-movimenti-popolari.html].
[9]. Idem.
Itaí Hagman falando no Crédito da foto: Notas Periodismo Popular Em um nível militante, o seu partido acredita que o socialismo é a única maneira de superar o capitalismo |
O falso Papa Francisco apoia a PÁTRIA GRANDE: projeto criminoso
do Foro de S. Paulo
Publicado em 17 de jul de 2015
"Celebramos 200 anos de caminho de uma Pátria que, em seus desejos e ânsias de irmandade, projeta-se para além dos limites do país: para a Pátria Grande, aquela sonhada por San Martín e Bolívar. Esta realidade nos une em uma família de horizontes amplos e lealdade de irmãos. Por essa Pátria Grande rezamos também hoje em nossa celebração: que o Senhor a cuide, a faça forte, mais fraterna e a defenda de todo tipo de colonização", afirma o Papa Francisco em carta à Argentina por ocasião da celebração do Bicentenário da Independência, hoje, nove de julho.
A carta é publicada por Conferencia Episcopal Argentina, 08-07-2016. A tradução é de André Langer.
Eis a íntegra da carta do Papa Francisco:
Conferência Episcopal da Argentina
Cidade do Vaticano, 8 de julho de 2016.
S. E.R Mons. José María Arancedo
Presidente da Conferência Episcopal Argentina
Buenos Aires
Querido irmão:
Às vésperas da celebração do Bicentenário da Independência, quero fazer chegar a você, aos irmãos bispos, às autoridades nacionais e a todo o povo argentino uma cordial saudação. Desejo que esta celebração nos faça mais fortes no caminho empreendido por nossos pais já há 200 anos. Com tais augúrios expresso a todos os argentinos minha proximidade e a segurança da minha oração.
De maneira especial, quero estar próximo daqueles que sofrem: dos doentes, dos que vivem na indigência, dos presos, dos que se sentem sós, dos que não têm trabalho e passam todo tipo de necessidade, dos que são ou foram vítimas do tráfico, do comércio humano e da exploração de pessoas, dos menores vítimas de abusos e de tantos jovens que sofrem o flagelo da droga. Todos eles carregam o duro peso de situações, muitas vezes, limites. São os filhos mais chagados da Pátria.
Sim, filhos da Pátria. Na escola nos ensinavam a falar da Mãe Pátria, a amar a Mãe Pátria. Aqui precisamente se enraíza o sentido patriótico da pertença: no amor à Mãe Pátria. Nós, argentinos, usamos uma expressão, atrevida e pitoresca ao mesmo tempo, quando nos referimos a pessoas inescrupulosas: "este é capaz até de vender a mãe"; mas sabemos e sentimos profundamente no coração que Mãe não se vende, não se pode vender... e tampouco a Mãe Pátria.
Celebramos 200 anos de caminho de uma Pátria que, em seus desejos e ânsias de irmandade, projeta-se para além dos limites do país: para a Pátria Grande, aquela sonhada por San Martín e Bolívar. Esta realidade nos une em uma família de horizontes amplos e lealdade de irmãos. Por essa Pátria Grande rezamos também hoje em nossa celebração: que o Senhor a cuide, a faça forte, mais fraterna e a defenda de todo tipo de colonização.
Com estes 200 anos de respaldo, pede-se a nós continuar caminhando, olhar para frente. Para isso, penso – de maneira especial – nos idosos e nos jovens e sinto a necessidade de pedir a eles ajuda para continuar andando nosso destino.
Peço aos idosos, aos “memoriosos” da história, que, sobrepondo-se a esta “cultura do descarte” que mundialmente nos é imposta, se animem a sonhar. Temos necessidade dos seus sonhos, fonte de inspiração.
Aos jovens peço que não aposentem sua existência no quietismo burocrático para o qual foram escanteados por tantas propostas carentes de esperança e de heroísmo.
Estou convencido de que a nossa Pátria necessita fazer viva a profecia de Joel (Cf. Jl 4, 1). Somente se nossos avós se animarem a sonhar e os nossos jovens a profetizar coisas grandes, a Pátria poderá ser livre. Necessitamos de avós sonhadores que empurrem e de jovens que – inspirados nesses mesmos sonhos – corram com a criatividade da profecia.
Querido irmão, peço a Deus, nosso Pai e Senhor, que abençoe a nossa Pátria, abençoe a todos nós; e à Virgem de Luján que, como mãe, cuide de todos nós em nosso caminho. E, por favor, não se esqueça de rezar por mim.
Fraternalmente,
Francisco
Extraído de: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/557538-qa-patria-nunca-pode-ser-vendidaq-afirma-papa-francisco-por-ocasiao-do-bicentenario-da-independencia-da-argentina
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