A professora da USP Giselle Beiguelman analisa o sistema de redes neurais que está viralizando nas redes sociais.
Fotomontagem com foto criada pelo Projeto Essa Pessoa Não Existe – Fotomontagem: Vinicius Vieira/Jornal da USP
“Assim
como as fake news invadiram as redes sociais e os meios de comunicação, os deepfakes (na tradução literal,
profundamente falsos) estão revolucionando e polemizando o universo das
imagens. “Os deepfakes são imagens
produzidas por processos de aprendizado maquínico (machine learning), ou seja, de Inteligência Artificial, através de
uma metodologia chamada redes neurais, e que têm como principal característica
serem criadas integralmente por algoritmos. Como o próprio nome diz, procura
reproduzir comportamentos e mecanismos de sistemas neurais humanos”, explica a
professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP Giselle
Beiguelman, colunista da Rádio USP (93,7 MHz). Giselle comenta o tema num
artigo recém-publicado na Revista Zum,
do Instituto Moreira Salles (IMS), e também numa live que acontece nesta
quarta-feira, dia 29, às 18 horas, no canal daquela revista no Youtube.
Esses
programas utilizam bancos de dados que reúnem milhões de imagens presentes nas
redes, criando fotos e vídeos tão verossímeis que não se sabe mais o que é real
ou ficção. Depois que viralizam, fica difícil contornar seus estragos, como diz
Giselle. Um exemplo clássico disso é um vídeo, divulgado em abril de 2018 no
site BuzzFeed, em que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama ataca os
Panteras Negras – organização antirracista surgida nos anos 60, nos Estados
Unidos – e xinga o atual presidente norte-americano, Donald Trump. Apesar da
perfeição da imagem, o Barack Obama que aparece no vídeo é falso, um deepfake.” (continua)
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